MV Giannis D
Mar Vermelho - afundamento 21.04.1983

Estreito de Gubal, Entre Abu Nuhas reef - Egito
Posição: lat. 27° 34’.680 N e long. 033° 55’.365 E

Principais naufrágios do Mar Vermelho
Carnatic, Chrisoula K, Dunraven, El Minya, Giannis D, Kimon M, SS.Kingston, Rosalie Moller, Salem Express, SS. Thistlegorm, Ulyssis, Umbria (Sudão).

Outros naufrágios
Almirante Barroso, Aida, Barge, Blue Bell (Sudão), Carina, Cedar Pride (Jordânia), Jolanda, Numidia, Précontinente II (Sudão).


 

Histórico
Este cargueiro de 99,5 metros de comprimento e 2.992 toneladas de deslocamento foi construído na Companhia Kuryshima, na cidade de Imabari no Japão e lançado ao mar em setembro de 1969 com o nome de Shoyo Maru.
Sua propulsão era fornecida por um motor a diesel de 6 cilindros da Akasaka Tekkosho KK de Yaizu (Japão), com 3.000 BHP, um único eixo e hélice e atingia uma velocidade máxima de 12 nós.
O navio navegou sob o nome de Shoyo Maru até ser vendido em 1975 e renomeado o Markus. Vendido novamente em 1980 para a Dumarc Shipping & Trading Corp. na Grécia e rebatizado de Giannis D. Não possuía rota fixa, navegando para destinos de acordo com o frete contratado.
Em sua viagem final, partiu em abril de 1983 com uma carga de madeira de Rijeka, na Iugoslávia, com destino a Hodeidah, no Iêmen com uma escala programada em Jeddah (Jidá), na Arábia Saudita. Ele cruzou o Adriático, o Mediterrâneo e chegou ao Canal de Suez, que no período passava por rígidos e demorados controles devido a guerra árabe-israelense. Foram autorizados a atravessar o canal e navegar pelo litoral do Egito com a ajuda de um piloto, que deixou o navio na baía de Suez, o navio desceu ao longo da Península do Sinai pela agitada rota marítima do Estreito de Gubal.




 

 


Dimensões: 99,5x 16 X 6,53 metros
Tonelagem bruta: 2.992 toneladas
Construção: 1969, Companhia Kuryshima, Japão.
Tipo: cargueiro
Máquinas: diesel 6 cilindros com 3.000 BHP (Akasaka Tekkosho),
eixo e hélice únicos e velocidade de 12 nós.

 
 
 
A popa onde está a casa de máquinas
 
Convés de popa com seu guincho
 
Parte do mastro em H já caído no fundo
 

 
O Naufrágio
Em 19 de abril de 1983, navegava pelo Estreito de Gubal em direção das águas abertas do Mar Vermelho. O capitão, que não deixou a ponte durante toda a tensa travessia, entregou o navio com os motores a toda velocidade a um de seus oficiais subalternos e retirou-se para sua cabine para descansar.
Segundo o relatório do Lloyd’s List Casualty Report (22.04.1983) “Pouco depois, já à noite, aparentemente o Giannis D se desviou de sua rota e de repente atingiu a borda noroeste do conhecido recife Sha’ab Abu Nuhas na posição aproximada lat. 27°34’42” N e long. 033°55’24" E”.
O traiçoeiro recife é bem marcado na maioria das cartas náuticas, pois está posicionado diretamente na rota do estreito de Gubal para o Mar Vermelho. Ainda assim, pode ser difícil de ser detectado, pois mal chega à superfície, o que resultou no afundamento outra três embarcações: Carnatic, Chrisoula K. e Kimom M.
O Giannis D ficou encalhado pela proa na parte noroeste do recife. A tripulação abandonou o navio e foi resgatada por um rebocador egípcio; levada para a plataforma de Santa Fé e depois, de helicóptero, para Ras Shoke.
O navio foi considerado perda total e permaneceu encalhado no topo do recife por várias semanas. Durante uma tempestade, o navio partiu-se ao meio e afundou na perpendicular do recife, ficando com 10 metros na proa e a popa a 27 metros no fundo de areia. Segundo informações, muitas embarcações da região foram construídas com a madeira retirada de sua carga.
 

 

Mergulho - Profundidade: de 09 a 27 metros

O navio está caído no fundo paralelo ao recife e adernado para bombordo. Os destroços se dividem em três seções.
A proa, amassada pelo choque, está caída na parte superior do recife em torno dos 10 metros de profundidade. Ainda podem ser vistos o bico, o guincho e o mastro de proa. O meio da embarcação, onde estava o porão que abrigava a carga de madeira, está completamente destruído, com partes do casco e restos da madeira da carga espalhados pelo fundo.
A popa, parte mais inteira da embarcação, está a 27 metros de profundidade adernada cerca de 45° para bombordo. O hélice amassado fica parcialmente enterrado na areia. No convés estão cabeços, guinchos e os turcos.
Sobre o casario ainda pode ser vista a chaminé onde está estampado um grande “D”. Diversos pontos da superestrutura podem ser penetrados, o que inclui a ponte de comando, mas, sem nenhum de seus instrumentos. No chão da ponte existe uma passagem para
acessar o convés inferior, com muitos pontos de saída.

No mesmo recife também naufragaram o Seastar (90 m de profundidade), Carnatic, Krisoula K e o Kimon M.
Fonte: Dive Safari Master


 
 
Sala de máquinas com a parte de cima das máquinas
Diversos compartimentos se comunicam no interior da popa
Fundo do porão (totalmente demolido) de proa
 
Diversas tampas de estiva do porão estão do meio do navio a proa
Mastro de proa
Convés de proa
 

Mais abaixo está a sala de máquinas, com passarelas, corrimãos, os dois motores a diesel e a boreste bombas, registros e geradores. A saída da sala de máquinas pode ser feita por uma das claraboias que se abrem no teto ao lado da chaminé.
Abaixo do convés principal também existem os alojamentos da tripulações, banheiros, refeitório e compartimentos de oficina. A frente do casario está o mastro duplo de carga, inclinado cerca de 45° e que em seu ponto mais alto atinge cerca de 5 metros de profundidade e parte da estiva de porão, que já está partido e aberto.


 

 

 

MV Giannis D
Shipwreck - Red Sea - Hurghada
Dimensões: 99,5x 16 metros / 2.992 toneladas
Construção: 1969
Afundamento: 21.04.1983

 

 
 

 
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