MV Salem Express
Mar Vermelho - afundamento 15.12.1991

Ao sul de Hyndman -
Egito
Posição: lat. 26°.39'.01 N e long. 34°.03'.48 E

Principais naufrágios do Mar Vermelho

Carnatic, Chrisoula K, Dunraven, El Minya, Giannis D, Kimon M, SS.Kingston, Rosalie Moller, SS. Thistlegorm, Ulyssis, Umbria (Sudão).

Outros naufrágios
Almirante Barroso, Aida, Barge, Blue Bell (Sudão), Carina, Cedar Pride (Jordânia), Jolanda, Numidia, Précontinente II (Sudão).


 
Histórico
Construído para a Companhia Générale Transatlantique de Marselha (França) como um Ferry boat, tinha capacidade para 1200 passageiros em 428 cabines e 142 veículos. Lançado em junho de 1963 como Fred Scamaroni foi entregue em junho de 1965, no entanto dias depois, um incêndio a bordo causou extensos danos, resultando em um atraso de 10 meses no início das operações. O navio fazia regularmente a rota Marselha/Ajaccio na costa da Córsega. Passou por sucessivas companhias com diversos nomes (MV Nuits Saint Georges - Dinamarca, 1969; MV Lord Sinai - Egito, 1982, até ser transferido em 1988 para a companhia do empresário Hussein Salem, a Samatour Shipping Company de Suez (Egito) e renomeado MV Salem Express, navegando na rota de Jeddah (Arábia Saudita) a Suez.
   

Naurfrágio
Em 15 de dezembro de 1991, partiu de Jeddah com destino a Safaga no Egito transportando muitos peregrinos que retornavam da peregrinação a Meca. O número de passageiros a bordo varia entre relatórios, de 578 passageiros e 71 tripulantes a 1600 pessoas.
O navio, sob o comando do experiente capitão Hassan Moro que conhecia a região, se aproximava de Safaga, quando o tempo começou a piorar, com ventos fortes e grandes ondas que atingiam o costado do navio. O capitão Moro sabia usar a rota alternativa, que reduzia em até 2 horas a viagem ao porto, passando entre o recife Hyndman e a costa, em vez de contornar o recife Panorama pelo norte.
Porém o capitão não percebeu que o navio estava cerca de um quilômetro a leste do planejado e em rota de colisão com a ponta sul do recife Hyndman. Pouco antes da meia-noite, o navio atingiu o sul do recife, abrindo um buraco a boreste da proa. Além disso, a porta da rampa de acesso de carros se abriu com o impacto, permitindo a entrada de muita água do mar no convés de veículos.
Em poucos minutos, em meio a um mar agitado, o navio adernou para boreste e o pânico se instalou entre os passageiros. Vinte minutos após o choque o Salem Express afundou na posição 26º 39’.01 N e 34º 03’.48 E, assentando de lado a 30 metros de profundidade.
Muitos passageiros perderam a vida presos nos conveses inferiores e outros tiveram de lutar contra as ondas. O número oficial de mortos foi de 470, incluindo o capitão, 180 sobreviventes foram resgatados.



 

Dimensões: 114,99 X 17,84 X 4,92 metros
Tonelagem bruta: 4.771 toneladas
Construção: 1966, Forges & Ateliers e Chantiers de Mediterranee,
La Seyne, França
Tipo: Ferry Boat - Roll on/ Roll off
Máquinas: 4 motores diesel Pielstick 8 cilindros (11.100 Kw)
velocidade entre 19,5 e 21 nós.
 
Dias após o naufrágio, a Marinha Egípcia e instrutores de mergulho da região, durante três dias recuperaram muitos corpos presos dentro dos destroços. Estima-se que 850 corpos foram recuperados, o que contrasta com número “oficial” de mortes. A operação de resgate foi cancelada quando se tornou muito perigoso o acesso aos convéses inferiores.
Ainda existem restos de passageiros nas partes mais baixas do navio, por isso, muitas operadoras discordam e evitam a realização de operações de mergulho no local.
 
 
 
Como Fred Scamaroni (1963)
 
Salen Express (1963)
 

 


Mergulho - Profundidade: de 12 a 32 metros

O casco Salem Express está deitado inteiro bastante adernado sobre boreste a 32 metros de profundidade e apoiado sobre o casario; o casco de bombordo está a cerca de 12 metros.
Na proa, os guinchos e as âncoras do navio ainda estão nas repectivas posições. A porta que dava acesso aos veículos pela proa está ainda está no local, mas deformada e na posição aberta. O fundo está cheio de detritos do navio.
Na sequência em direção a meia-nau estão a ponte de comando, que pode ser penetrda pelas janelas frontas e portas laterais, o mastro e depois as duas chaminés, onde ainda pode ser visto na lateral de bombordo o emblema da Samatour Company.
Abaixo da chaminé de boreste, já caídos no fundo, estão 3 botes salva-vidas do navio.
Pelo fundo se espalham-se partes da bagagem dos passageiros. Na popa do navio estão o leme e os dois grandes hélices.
No espelho de popa existe uma grande abertura retangular da porta que dava acesso a rampa dos veículos. Por ela há acesso ao convés dos veículos.
No interior do naufrágio ainda existem muitos carros e bagagem. Com prudência, penetrações nos compartimentos mais acessíveis e abertos, como o convés de veículos e ponte de comando podem ser executados.

Shipwreck - Red Sea - Hurghada

 

Safaga-paradise
 
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Coral de fogo
 
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