Dunraven
Mar Vermelho - afundamento 06.04.1876 Estrito de Gubal - Ao sul do farol em Shaab Mahmud - Egito Posição: lat. 270 42 22 N e long. 340 07 02 E |
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Histórico O Dunraven era um cargueiro misto (a vapor e velas) construído em ferro pelo estaleiro Charles Mitchell and Co. Iron Ship Builders, em Newcastle no rio Tyne, importante área de estaleiros do Reino Unido. Nomeado em homengem a uma baía do País de Gales, foi lançado ao mar em 14 de dezembro de 1872 para a companhia Watson & Milburn (Newcastle). Possuía 79,6 metros de comprimento, 9,8 metros de raio e 7,3 metros de calado e um deslocamento de 1.613 toneladas brutas. A propulsão era fornecida por dois mastros a velas auxiliares e máquinas compostas invertidas de 2 cilindros da Humphreys e Tennant, de Newcastle. Duas caldeiras a carvão forneciam uma pressão de 140 PSI. que permitia uma velocidade de 8 nós. |
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O
Dunraven servia regularmente a rota de Liverpool-Bombay. No dia 06 abril,
sob o comando do capitão Edward Richards Care, partiu na viagem
de retorno com uma carga variada de Bombaim (Índia) para Liverpool
. Atravessou do Oceano Índico sem problemas fez escala no porto
de Aden, onde recarregou o e seguiu em direção a Suez.
No dia 24 o navio navegava apenas com vapor com uma velocidade de 6,5 nós, o tempo era bom e claro e o mar tranquilo. Às 01:00 h do dia 25, o Imediato avistou terra à frente do navio e logo depois uma que se acreditou ser o farol Ashrafi no Estreito de Gubal. A partir daí o Dunraven iria inaugurar uma sequência de histórias muito semelhantes para outros naufrágios do Estreito de Gubal como o Ulysses (1887), Almirante Barrosos (1892), Kimon M (1978), Chrisoula K (1981) e Giannis D. (1983). As 02:15 h o capitão deixou a ponte, com ordem de ser chamado em uma hora. As 03:30 h foi chamado. Dez minutos depois quando o capitão Care retornou à ponte, a terra estava a uma distância de 6 ou 7 milhas da proa a estibordo. O capitão ordenou alterar o curso em 2º para boreste. Dez minutos depois, o vigia informou que havia avistado uma boia ou um pequeno barco em frente. O capitão imediatamente parou todos os motores, no entanto, o navio atingiu um recife e a seção dianteira do navio imediatamente começou a inundar. As bombas foram imediatamente postas a funcionar e se tentou estabilizar o navio com uma âncora não obtiveram sucesso. Por volta das 07:00 da manhã, a água atingiu as salas de máquinas e as caldeiras, resultando na perda de energia nas bombas. Ao meio-dia, com o navio adernado para boreste, a água já atingia o convés principal. O capitão deu a ordem de abandonar o navio. O capitão e a tripulação passaram aos botes salva-vidas e aguardaram ao largo. As 16:00 h uma embarcação árabe chegou ao local e os resgatou. Finalmente ás 17:00 h, o Dunraven escorregou do recife adernou para boreste e afundou. A tripulação do navio foi transferida para o vapor italiano Arábia e levada a Suez, de onde retornaram à Inglaterra. O inquérito considerou o capitão Care como responsável pelo acidente e ele foi suspenso por um ano. O navio ficou esquecido até ser localizado em 1977 por mergulhadores da região. O navio ainda levou dois anos para ser identificado, quando que em 1978 o nome foi encontrado gravado em uma peça de porcelana. O navio foi exibido no documentário da BBC Mystery of the Sea Red Wreck, como parte da série The World About Us. |
Dimensões: 79,6 x 9,8 x 7,3 metros Tonelagem bruta: 1.613 toneladas Construção: 1872, Charles Mitchell and Co. Iron, Newcastle, Reino Unido. Tipo: paquete misto Máquinas: compostas invertidas de 2 cilindros e velocidade de 8 nós. Capitão: comando do Capitão Edward Richards Care. |
Prato com a inscrição Dunranven que permitiu a identificação do navio |
Esquema do navio |
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Caixa
de guarda da corrente (amarra)
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Uma
das duas caldeiras com fornalhas para a proa
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Visão
das máquinas para a grande abertura do porão de popa
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Mergulho - Profundidade: de 16 a 30 metros
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Eixo
seguindo pelo teto
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Caldeiras
e máquinas com ascesso pela abertura no casco
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Máquinas
a vapor de cabeça para baixo
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Hélice
e leme virados para cima
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Entrada
junto ao fundo pela popa
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Grande
abertura no casco de boreste
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