El Minya
Mar Vermelho - afundamento 06.02.1970

Leste da Base Naval de Hurghada - Egito
Posição: lat. 27°13’.543 N e long. 033°50’.861 E

Principais naufrágios do Mar Vermelho

Carnatic, Chrisoula K, Dunraven, Giannis D, Kimon M, SS.Kingston, Rosalie Moller, Salem Express, SS. Thistlegorm, Ulyssis, Umbria (Sudão).

Outros naufrágios
Almirante Barroso, Aida, Barge, Blue Bell (Sudão), Carina, Cedar Pride (Jordânia), Jolanda, Numidia, Précontinente II (Sudão).


 
Histórico
Este navio era um caça-minas classe T-43 utilizado pela marinha soviética do final do década de 1940 até o final da década de 1950. Com projeto original da Inglaterra, apresentava 58 metros de comprimento e 569 toneladas brutas. Foram construídos 178 navios dessa classe nos estaleiros de Leningrado na Polônia. Posteriormente, também foram fabricados, sob licença, na China e 44 destes caça-minas foram exportados, sete dos quais para o Egito.
O El Minya foi um dos quatro T-43, construídos na antiga URSS e entregues na primavera de 1956, como parte de um tratado negociado pelo presidente Gamal Nasser em setembro de 1955.    
As quatro unidades T-43 foram batizadas em homenagem as cidades egípcias: Assiout, Bahaira, Gharbia e El Minya, cidade natal do presidente Nasser. Frequentemente o naufrágio é chamado de El Mina (que significa o porto), El Minia, El Miniya ou El Miniaya.
Esse navio varredor apresentava 58 metros de comprimento, 8,5 de boca e 2,51 de calado, com 569 toneladas de carga total. Aparelhado com motores a diesel de 2200 hp, atingia uma velocidade máxima de 14 nós.
Sua tripulação de 77 homens operavam 2 metralhadoras antiaéreas duplas de 37 mm, 2 metralhadoras de 12.7mm, 1 lançador de carga de profundidade e a embarcação ainda transportava 32 minas.
A origem da causa desse naufrágio é antigas. Em 29 de novembro de 1947 a ONU (Organização das Nações Unidas) em assembleia geral cria o estado de Israel para acomodar o povo Judeu. A região escolhida estava ocupada pelos ingleses desde a 1ª guerra mundial e era posicionada entre o Líbano, Síria, Egito, Jordânia e a região da Palestina. No dia em 14 de maio de 1948, com a saída dos exércitos ingleses, Israel declara sua independência e no dia seguinte, as nações árabes invadem o território pré-estabelecido.
A partir daí o estado de Israel travou diversas guerras com os estados árabes circundantes acabando por ampliar seu território original. Em 1956 ocorre a “Guerra de Suez”, disputando o domíni do canal até essa data de propriedade egípcia.
Em junho de 1967 ocorre a “Guerra dos Seis Dias”, quando o Egito corta o acesso israelense ao Mar Vermelho e Israel contra-ataca bombardeando o Egito, Síria e Jordânia, conquistando toda a região do Sinai, Cisjordânia, Colinas de Golã e passando a controlar a cidade de Jerusalém, nesse conflito Israel triplica seu território.
Em 1969, o Egito iniciou uma guerra “não oficial” para reconquistar a Península do Sinai, perdida em 1967 na “Guerra dos Seis Dias”. No contra-ataque, a força aérea Israelense atacou o território egípcio, atingindo principalmente as instalações industriais e militares. No final desse conflito, Israel mantém o domínio sobre o Sinai. Toda essa tensão culmina em 1973, quando Egito e a Síria atacam Israel no feriado judeu do Yom Kippur (“Guerra do Yom Kippur”).
 
 
Dimensões: 58,0 X 8,5 X 2,51 metros
Tonelagem bruta: 569 GR toneladas
Construção: 1956, Leningrado, Polônia
Tipo: Caça-minas soviético, classe T-43
Máquinas: a diesel de 2200 hp - velocidade de 14 nós
Armamento: canhões duplos de 37 mm e 2 metralhadoras de 12.7mm,
1 lançador de carga de profundidade e 32 minas.
Armador: Marinha egípcia
 
 
 
Proa do El Minya adernada para bombordo
 
O grande rombo aberto pela bomba do ataque israelense
 
Guincho de proa, ainda com a corrente
 

 
O Ataque
Finalmente em 1979, com mediação dos EUA, Egito e Israel assinam o acordo de paz de Camp David, nesse tratado o território do Sinai é devolvido ao Egito.
Voltando a 1970 ...
Na costa do Mar Vermelho, de frente para o Sinai, está a cidade de Hurghada, com uma base naval onde estava ancorado o caça-mina El Minya. Na cidade também estavam instalados um aeroporto e uma importante estação de radar.
Na noite de 6 de fevereiro de 1970 seis aeronaves israelenses (provavelmente Phantom F-4 A, ou Mirage III) aproximaram-se a baixa altitude pelo Mar Vermelho com o objetivo de atacar a estação de radar. Alguns desses caças deviam ter como objetivo neutralizar as armas de defesa egípcias.
Na sob ataque, o caça-minas deixou desesperadamente o porto, ainda com uma das âncoras na água; quando a corrente foi esticada ao máximo, o navio não mais pode se movimentar e foi atingido por uma bomba a boreste da proa; adernou e emborcou rapidamente. Ainda houve tempo para ser atingido no casco por tiros dos canhões das aeronaves e finalmente afundou. O conflito durou até 10 de junho, quando os pedidos do Conselho de Segurança da ONU de cessar-fogo foram aceitos.
 

Phanton F-4 A (israelense)
O objetivo do ataque era a destruição dos radares na base aérea de Hurhgada

Mirage III (israelense)
O El Minya tentou deixar a base naval e foi atacada pelos aviões
 
A posição do naufrágio do El Minya em frente ao litoral de Hurghada
 

 

Mergulho - Profundidade: de 19 a 32 metros

Frequentemente referido como “naufrágio do porto”, por estar a Leste da Base Naval de Hurghada, o El Minya está apoiado sobre o costado de bombordo entre 26 e 32 metros de profundidade, enquanto o bordo oposto atinge 19 metros. Na parte superior do naufrágio esta a quilha de blanço.
Na proa, do escovém de bombordo, a 26 metros, ainda sai a corrente que foi solta marcando no fundo do mar a trilha do navio que tentava escapar do ataque, ela está esticada por toda a proia.
No escovém de boreste está a âncora e a seu lado o grande rombo produzido pela bomba dos aviões israelenses. Por essa abertura e através e um longo e estreito corredor pode ser atingido o ompartimento do meio do navio. Todo o interior está tmado por cardues de glass fish, que da um incrível efeito na região de penumbra.

 
No convés a partir da proa estão o guincho , o casario de comando, que pode ser acessado por uma porta traseira, uma das metralhadoras antiaérea, perdida no ataque e caída a frente dos destroços.
O casco está apoiado na superestrutura e o mastro foi perdido no impacto contra o fundo, seus restos estão ao norte dos destroços. Na frente da ponte de comando estão duas metralhadoras. Na passagem do convés de boreste no centro do navio estão dois dos dispositivos de varredura da mina tipo torpedo (paravanes) diretamente acima da chaminé.
Na popa, a 33 metros estão os dois hélices montados em pé de galinha e os lemes. Sobre o convés de popa estão grandes rolos de cabos e os guinchos para recolhe-los, usados para rebocar o sistema de varredura de minas e uma das metralhadoras antiaéreas.
Pelo lado do casco não há nada de interessante para se ver, podendo ser reservado todo o mergulho ao lado do convés, interior dos destroços e parte superior do casco.

 

 

 

El Minya
Shipwreck - Red Sea - Hurghada
Dimensões: 58,0 metros / 569 GR toneladas
Construção: 1956

Afundamento 06.02.1970

 

Deeptrek tecnology
     
Quilha de balanço na parte mais rasa dos destroços
Ponte de comando e a correte esticada no fundo
Uma das armas antiaéreas

Interior do porão de proa
Cardumes de Glass fish enchem o porão
Paravanes (dispositivos de varredura de minas)
     
O local tem grande trânsito de barcos e frequentemente apresenta águas mais turvas e com forte corrente.
A melhor maneira de mergulhar El Minya é começar na popa. Não há recife de coral, porém existem muitos peixes dentro e em torno do navio. Uma lanterna ajudará a visualizar o interior dos destroços.
Os guias locais não gostam muito de levar até essa navio pois acham que tem pouco atrativo e a água não é tão clara, mas para os mergulhadores brasileiros o navio é incrível e a qualidade da água mais do quye satisfatória.
A cerca de cinco minutos de navegação existe outro naufrágio o Excalibur.
Os dois hélice e lemes esão a 19 e 33 metros
 
Faça seu Curso de Mergulho em Naufrágio com quem se dedica a atividade

Treine seus olhos e aproveite mais seus mergulhos


Instrutor: Maurício Carvalho - 35 anos de experiência - Especialidade levada a sério!
 

 

Volta a página do Mar Vermelho


Coral de fogo
 
s