EXPEDIÇÃO
Naufrágios do Nordeste


Janeiro de 2008
De Natal a Recife - a maior aventura
de mergulho do litoral brasileiro
  

Veja como foram as expedições de 2006 e 2007.

 
1ª Etapa - Rio Grande do Norte
 
05.01: Sábado
Vários participantes da equipe chegaram a Natal, RN. no dia 04 para escapar de possíveis problemas no caos aéreo que se instalou no Brasil. Depois de um passeio pelas praias e um merecido descanso na piscina do hotel fomos recebidos pela Vivian da Atlantis que providenciou o transporte até o Iate Clube de Natal, onde fica ancorado o Atlantis Enterprise.
Lá fomos recebidos pela fantástica tripulação do Enterprise, que entre os drinks de boas vindas apresentou a embarcação, rotina e cuidados de bordo.
Por mais que soubéssemos que o novo Enterprise oferecia muito mais conforto que o Voyager, das expedições anteriores, ficamos surpreendidos com a qualidade das acomodações.
Depois de arrumadas as coisas da cabine, já iniciamos a preparação do equipamento para os mergulhos do dia seguinte.
 

Eudes, Jose, Josy, Nico, Djalma,
Jacson e Adriana

Com muito mais espaço, o deck de mergulho oferece boa acomodação
até para a "tralha" dos mergulhadores técnicos.
No termino da preparação já estava pronto o delicioso jantar da Adriana, os que conheciam o Voyager sabem o que isso significa. Agora, com uma cozinha maior e mais bem equipada, a Chef Adriana Sala apresenta pratos mais inspirados ainda.
 

 
A moderna e ampla cozinha do Enterprise
 
Boas vindas, drinks e informações
 
 
06.01: Domingo
Pernoitamos no Iate Clube de Natal e ainda bem cedo o Enterprise seguiu em direção norte para a primeira etapa da viagem. O café da manhã a bordo, já navegando está mais confortável e variado. Mas nossa cabeça estava em nosso primeiro alvo o naufrágio do SÃO LUIZ.
Após 4 horas de navegação,

chegamos ao local dos destroços. O mar do Rio Grande do Norte é conhecido por ser mais um pouco agitado, mas a embarcação de grande porte sacode pouco. As correntes e o retorno à embarcação com ondas fortes e que requerem um bom preparo físico.
O mar não cooperou muito comigo, pois havia luxado o cotovelo com gravidade uma semana antes e só contava com um braço na escada,
por isso, a tripulação teve de dar

 

O guincho de cabestrante do São Luiz
 

Enseada de Pititinga, RN.

literalmente uma mãozinha.
No fundo, tudo perfeito, pouca correnteza e a água bastante clara tornaram a exploração do São Luiz um passeio. O navio muito grande encontra-se parcialmente adernado, nele, além de um enorme número de peças interessantes temos penetrações e uma fauna exuberante. Na popa estava calmamente dormindo o maior Lambaru que já vi, uns 4 metros; "pelo menos foi o que pareceu quando um dos colegas resolveu obstruir sua passagem no túnel que ele e nós dividíamos". O enorme guincho de cabrestante é sem dúvida destaque entre as peças do São Luiz.
 
Caldeiras do São Luiz
Comandante Pessoa
Compartimento das máquinas
 

Depois de um intervalo de superfície e um lanchinho, já estávamos sobre os destroços do COMANDANTE PESSOA, as informações que havia recebido desse naufrágio não faziam justiça ao mergulho. O Comandante Pessoa é sem dúvida um dos naufrágios mais bonitos do Brasil e nunca vi no Brasil um fundo tão parecido com os típicos recifes do Caribe. Uma quantidade enorme de esponjas tubulares amarelas cobre os destroços e a profusão de peixes é enorme.
Este naufrágio é bem mais conservado que o do SÃO LUIZ, porém apresenta-se partido e espalhado em duas direções o que tornaria a orientação difícil se não fosse a incrível água azul em que está mergulhado.
Depois dos dois mergulhos seguimos para a enseada de Pititinga, RN. onde passaríamos a primeira noite. Embora não seja muito abrigada a noite foi tranqüila, já que a embarcação é muito estável mesmo com vento. O anoitecer de frente para as dunas e coqueiros faz justiça aos cenários do nordeste.

  
 

07.01: Segunda-Feira
Partimos de Pititinga bem cedo com destino ao COMANDANTE PESSOA para mais um belíssimo mergulho, que repetiu o dia anterior em beleza. A surpresa foi descobrir que parte do casco emborcado, logo ao lado da grande abertura que segue tanto para a popa como para a proa passando pela sala de máquinas, está em ativo movimento, formando até um trilho no casco com que faz contato. Esse movimento torna as penetrações particularmente perigosas nessa parte dos destroços, já que cedo ou tarde o casco devera ceder.
Depois do COMANDANTE PESSOA seguimos para um segundo mergulho na misteriosa RISCA DO ZUMBI.
Um lanchinho rápido repunha as energias entre os mergulhos e antes do almoço
A forte correnteza e o mar com vagas tornaram esse um dos mais difíceis mergulhos da viagem (e nem havia um naufragiozinho!) ainda assim é um mergulho imperdível.
A formação é muito diferente de qualquer outro fundo em que já tenha mergulhado. Os platos e colunas criam uma série de túneis excelentes para exploração. Segundo o geólogo Cláudio Couto, que fez parte da expedição a formação de arenito mostra claros sinais de erosão, tendo sido formada provavelmente em uma praia submersa pelo levantamento do nível dos oceanos.
Deixamos a risca do Zumbi para um segundo mergulho no naufrágio do SÃO LUIZ, com água ainda mais clara do que no primeiro dia. Voltamos a enseada de Pititinga para um belo jantar e o pernoite.

 


Roberto Palmer no cuidadoso preparativo do material fotográfica


Um lanchinho entre os mergulhos

 

RISCA DO ZUMBI e BATENTE DAS AGULHAS
RISCA DO ZUMBI e BATENTE DAS AGULHAS


Existem 2 tipos diferentes de recifes submersos nas águas do Rio Grande do Norte, conforme descrito em artigo científico publicado na Revista Brasileira de Geofísica (Santos et al. 2007, 25 Supl. 1: 27-36).
Os Recifes orgânicos são formados por aglomerações de corais e algas vermelhas calcárias. Estendem-se paralelamente ao longo da
   
costa potiguar e suas bases estão em profundidades menores que 10m. Os "parrachos" de Maracajaú são um exemplo clássico.
Recifes inorgânicos são formados por "rochas de praia" (beach-rocks). Ou seja, são areias de antigas praias, compostas de grãos de quartzo e fragmentos de conchas, que foram cimentadas pela precipitação de carbonato de cálcio da água do mar. Essas prévias linhas de costa são importantes registros das variações do nível do mar no litoral brasileiro ao longo dos últimos milhares de anos. De modo geral, pode-se afirmar que o nível do mar esteve cerca de 3 metros acima do atual, há 5 mil anos, e 100 metros abaixo, há 14 mil anos. Em sua trajetória de subida, o nível do mar "estaciona" durante alguns períodos e permite a formação dessas estruturas praiais cimentadas, que são avistadas ao longo do litoral nordestino (de onde deriva o nome da cidade de Recife, capital de Pernambuco, por exemplo) e também encontram-se submersas a diferentes profundidades da plataforma continental adjacente.
 
No caso do Rio Grande do Norte, "rochas de praia" submersas foram mapeadas em áreas mais externas e profundas que os recifes orgânicos. Esse é o caso da Risca do Zumbi (conforme citado no referido artigo) e, provavelmente, do Batente das Agulhas (na minha opinião). Curiosamente, nesses dois recifes, mas especialmente no segundo, que está situado em frente da cidade de Natal, estruturas verticais semelhantes a colunas, com alguns metros de altura e dezenas de centímetros de diâmetro, são vistas e chamam a atenção dos mergulhadores, que muitas vezes às descrevem como uma "floresta petrificada. Embora apenas analisando-as visualmente em mergulho autônomo, as colunas parecem porções mais rígidas que resistiram à erosão das rochas dos recifes. Em analogia a outras formações similares no mundo, como o "deserto de pedra" (Pobiti Kamani) na Bulgária, acredito que essa preservação aconteceu, provavelmente, em decorrência da atuação de bactérias. A matéria orgânica depositada com os sedimentos é degradada por bactérias e gases são produzidos. Chaminés são então formadas pelo escape dos gases aprisionados no sedimento. Outras bactérias oxidam o gás metano (CH4) e promovem a precipitação de minerais carbonáticos, como a calcita e a dolomita, no interior ou na periferia das chaminés, aumentando a resistência das mesmas à erosão causada pelas ondas. E, assim, especula-se que devem surgir as colunas que despertam a curiosidade dos mergulhadores.

Claudio Couto Reis (Geólogo).

 
 
08.01: Terça- Feira
No terceiro dia da expedição, antes das 6:00 h, deixamos definitivamente a enseada de Pititinga, RN. com destino ao naufrágio do
COMANDANTE PESSOA. Três mergulhos nesse naufrágio ainda seria pouco para explorar todos os destroços. Um dos mais confusos que já mergulhei. Mais um show de água clara e fauna marinha variada.
 


Comandante Pessoa rico em esponjas

 

O amplo deck de mergulho

 

Dele, descendo a costa chegamos ao SÃO LUIZ para o terceiro mergulho da expedição neste naufrágio. O roteiro foi cuidadosamente preparado para melhor aproveitamento dos naufrágios do Rio Grande do Norte, onde a menor estrutura de mergulho torna difícil atingir esses pontos. O naufrágio não decepcionou, o terceiro mergulho teve a água mais clara, permitindo uma exploração ainda mais eficiente.
Deixamos o SÃO LUIZ com destino ao BATENTE DAS AGULHAS, outra formação dita como "diferente".
Confesso que não estava muito animado, já que não era um naufrágio, mas o Nico da Atlantis como sempre, deu a dica certa "mergulhe se não você vai se arrepender". Quem já mergulhou com o Nico sabe, que no jeito calmo e brincalhão ele sabe muito bem o que fala. Resultado, apesar de estar com o braço um pouco dolorido, fui para a água. Que show! um festival de peixes de todos os tipos; cardumes de Pirangicas gigantes, Barracudas, Pampos e Xaréus passeavam entre as estranhas formações colunares, peixes coloridos e esponjas por todos os lados. Imperdível! mesmo sem naufrágio.
 

 
2ª Etapa - Paraíba
 
 
 

09.01: Quarta-Feira
A manhã acordou com o pessoal meio de "ressaca" da noite dormida no forte balanço do mar, meu cotovelo doía e todos pareciam meio desanimados. Porém bastou sair da cabine e olhar para a cor da água do litoral da Paraíba que rapidamente todos entraram novamente no ritmo da expedição.
Destino, ALVARENGA esse pequeno naufrágio, tem como principal atrativo os grandes cardumes que o freqüentam, sempre me disseram que era uma alvarenga vazia, descartada do porto, mas logo ao chegar ao fundo pude verificar que toda sua carga está presente o que aumenta muito a chance de identificação.



Alvarenga
 

Jônia, Vivian, Patrick e Denise, desfrutam do conforto de bordo
 Com o mergulho mais curto da viagem encerrado, partimos para o QUEIMADO (Erie) , que já não visitava à quase 10 anos. Infelizmente foi minha única decepção na viagem. A água com menor visibilidade, cerca de 10 metros, não chegou a prejudicar, porém, o pequeno número de peixes, em comparação a meus mergulhos anteriores, me assustou.
Assim mesmo, a visão desse belo vapor, com suas incríveis caldeiras quadradas, sabendo que são algumas das poucas do mundo que podem ser observadas. preenchia todo o espaço do mergulho.
Apesar da água o Queimado valia dois mergulhos e abortamos o mergulho no vapor ALICE, pois a visibilidade não atingia 2 metros.
Seguimos em direção ao porto de Cabedelo, PB. para o pernoite no Jacaré, com direito a passeio em terra e Bolero de Ravel no por do sol. A visita a bordo de nosso amigo Ismar da Mar Aberto de João Pessoa e uma noite de sono em cama que não balançava fecharam o dia.
 

Hélice do Queimado, o pouco
que restou da popa
 
 

Por do sol no Jacaré (Cabedelo, Pb.) com direito a Bolero de Ravel
 

 
3ª Etapa - Pernambuco
 
 
 

10.01: Quinta-Feira
Deixamos muito cedo o porto de Cabedelo, mas ninguém reclamava, estávamos seguindo em direção ao VAPOR BAHIA; só quem não gosta deste naufrágio é quem não o conhece. Um dos grandes astros dos naufrágios do Brasil parece que fica cada vez mais bonito, mesmo o constante desmanche não tira a graça do cenário.
Desta vez verificamos a queda de um dos turcos da proa, o que atesta a necessidade das constantes atualizações dos croquis e da importância da data de confecção.

 
 
 
Vapor Bahia, um dos mais belos naufrágios do Brasil
 
 

Dois mergulhos maravilhosos, com direito a uma "longa" descompressão flutuando sobre os destroços. Nenhuma corrente e águas transparentes; parecia que o mergulho nem tinha acabado, quem disse que descompressão é coisa chata, as tartarugas e raias desfilavam pelo navio enquanto assistíamos a tudo.
Deixamos o BAHIA chorando em direção ao porto de Recife, PE. aonde chegamos no final da tarde, a travessia serviu para acertamos os detalhes de misturas gasosas e tabelas descompressivas para o mergulho na Camaquã no dia seguinte. Ancorados no porto junto ao Recife antigo, um desembarque foi providencial para repor estoques de pilhas e preparar o aniversário de nossa companheira Jônia.



Em Recife passeio no shopping, só para lembrar da realidade
 
 
 

11.01: Sexta-Feira
Bem descansados e com todo equipamento técnico montado partimos de Recife para o mais esperado mergulho a CORVETA CAMAQUÃ, o mar não poderia estar melhor. O vento da manhã foi diminuindo e depois da longa navegação chegamos ao local com mar muito liso, claro e sem correntes.
A descida surpreendeu os mergulhadores pela presença de uma termoclina, que diminuía a visibilidade e esfriava a água. Resultado: "apenas 30 metros de visibilidade e cerca de 26ºC de temperatura - deu vontade de pedir o dinheiro de volta".

 
 
Miguel Alex durante a longa descompressão. Dois computadores garantindo o procedimento contra possíveis falhas de um deles.
Corredor de bombordo da Camaquã
 
 
Mergulho tranqüilo e descompressão sem sustos. Derivamos suavemente por cerca de meia hora. Assim que retornamos ao barco... almoço!, se é que essa simples palavra pode representar as surpresas para o paladar que o Enterprise guarda.
Depois do almoço, esticados nos sofás, assistíamos as gravações dos cinegrafistas José Dias e Adair Ribeiro em uma bela tela de LCD, pensei comigo "isso é um dia perfeito".
Chegamos a Recife e novamente deixamos o barco para que a festa de aniversário surpresa fosse preparada. No retorno; presentes, bolo, petiscos e muito enfeite.
 
 


Condensador do Pirapama

 12.01: Sábado
Acordamos no sábado já sentindo saudades, pois o último dia de viagem havia chegado. Seguíamos em direção ao Vapor dos 48 e ainda assim, vários de nós já se lamentavam por estar acabando aquela boa vida.
O mergulho no
VAPOR DOS 48 não poderia ser melhor. O mar estava o mais calmo de toda a viagem e a água muito clara já permitia antever o grande mergulho. O mar estava tão parado que não era possível se apoiar no cabo de descompressão. Só restando flutuar em volta do cabo.
Durante o mergulho me dediquei a tirar as medidas das máquinas o que espero que possa contribuir para a identificação do vapor dos 48.
 
Do VAPOR DOS 48 seguimos para o último mergulho da expedição, o PIRAPAMA. Esse mergulho era aquele último, tipo: "Só para encerrar", no Pirapama e com mar parado e claro, convenhamos é um Luxo.
O jantar de encerramento e da viagem deixou claro que ela foi um sucesso. O incrível senso de humor dos participantes e o alto astral estiveram presentes em cada minuto da viagem.


Equipe de Mergulhadores:
Miguel Alex, Maurício Carvalho, Adair Ribeiro,
Ary Amarante, Cláudio Couto, Jônia Pain,
José Dias, Denise Carraro, Jose e Roberto Palmer
 
 

 


ATLANTIS ENTERPRISE


O Enterprise é dotado de 8 cabines/suítes, com capacidade para operar com até 27 mergulhadores,
Ele foi construído especificamente para dar suporte a essa incrível aventura. A embarcação têm autonomia, eficiência e estabilidade para operar nas condições do nordeste e nos naufrágios mais afastados da costa. Podendo explorar praias quase desertas e operar de forma planejada os naufrágios mais distantes e de águas mais claras.

Enterprise
Sala de estar
Sala de comando
 
Características do Enterprise
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Catamara a motor - Modelo Dolphin Turincat 750.
Categoria Mar Aberto / Passageiros.
23 m. x 8,70 m.
Vel. max. 15 nós - Vel. de trab. 10 nós.
Autonomia: 2.400 NM.
2 botes infláveis de apoio c/ motores de popa.

FLUTUADORES:
- 2 motores OM 366 400HP.
- 2 geradores ONAN 40 KVA trifásicos.
- 2 dessalinizadores 120lts de água por hora cada.
- 2 suítes c/ ar cond. para staff (total 6).
- água doce: 4.500 litros. - diesel: 7.000 litros.

CONVÉS PRINCIPAL:
- 8 suites para até 3 PAX com:
* ar condicionado próprio.
* cama de casal (ou 2 de solteiro) + 1 cama superior.
* sanitário completo c/ chuveiro, pia, vaso.

- Praça de mergulho na popa com:

* 2 escadas de mergulho de aço inox.
* 1 escada de banho.
* proteção contra sol & chuva.
* 2 bancos acomodando até 50 cilindros.
* 1 compressor silent L&W de 450lts/min
* 1 compressor back-up L&W de 225 lts/min.
* cascatas de ar / O2 / He
* tanques e mesas p/ material fotográfico
* saídas de mergulho laterais e popa.
 SEGUNDO CONVÉS:
- Ponte de comando com:
* piloto automático, radar, 2 plotters c/ GPS e sonda
* 2 sistemas de monitoramento vídeo, sistema de alarme
* VHF - SSB - Globalstar
* banheiro / pia

- Cozinha industrial

- Área de self-service climatizada.

- Salão / restaurante com:
* Ar condicionado.
* DVD / TV LCD 32"
* Som ambiente
* proj. multi-mídia & telão.
* 6 mesas / 37 lugares.
* estação de recarga elétrica (foto-video etc.).

- Varanda coberta

SOLARIUM:
- 2 balsas salva vidas (casulos para 50 pessoas).
- amplo espaço panorâmico
- Targa / área coberta
- espreguiçadeiras para banho de sol
- 3 kayaks.
 
 
Vista de uma das suítes do Enterprise
 
 

 
A expedição contou ainda com o suporte técnico do Instrutor Especialista Maurício Carvalho,
com mais de 20 anos de experiência em Naufrágios e do cinegrafista subaquático José Dias.
 
Outras informações e Inscrições:
 
Naufrágios do Brasil - Maurício Carvalho

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Atlantis Divers
Fones: (84) 3206-8841 / (84) 3206-8842
Fones/Fax: (84) 3206-8840
[email protected]
http://www.atlantisdivers.com.br/voyager.html