EXPEDIÇÃO Naufrágios do Nordeste Janeiro de 2008 De Natal a Recife - a maior aventura de mergulho do litoral brasileiro | |||
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1ª
Etapa - Rio Grande do Norte |
05.01:
Sábado Vários participantes da equipe chegaram a Natal, RN. no dia 04 para escapar de possíveis problemas no caos aéreo que se instalou no Brasil. Depois de um passeio pelas praias e um merecido descanso na piscina do hotel fomos recebidos pela Vivian da Atlantis que providenciou o transporte até o Iate Clube de Natal, onde fica ancorado o Atlantis Enterprise. Lá fomos recebidos pela fantástica tripulação do Enterprise, que entre os drinks de boas vindas apresentou a embarcação, rotina e cuidados de bordo. Por mais que soubéssemos que o novo Enterprise oferecia muito mais conforto que o Voyager, das expedições anteriores, ficamos surpreendidos com a qualidade das acomodações. Depois de arrumadas as coisas da cabine, já iniciamos a preparação do equipamento para os mergulhos do dia seguinte. | Eudes, Jose, Josy, Nico, Djalma, Jacson e Adriana |
Com
muito mais espaço, o deck de mergulho oferece boa acomodação até para a "tralha" dos mergulhadores técnicos. No termino da preparação já estava pronto o delicioso jantar da Adriana, os que conheciam o Voyager sabem o que isso significa. Agora, com uma cozinha maior e mais bem equipada, a Chef Adriana Sala apresenta pratos mais inspirados ainda. |
A
moderna e ampla cozinha do Enterprise | Boas
vindas, drinks e informações |
06.01:
Domingo Pernoitamos no Iate Clube de Natal e ainda bem cedo o Enterprise seguiu em direção norte para a primeira etapa da viagem. O café da manhã a bordo, já navegando está mais confortável e variado. Mas nossa cabeça estava em nosso primeiro alvo o naufrágio do SÃO LUIZ. |
Após 4 horas de navegação, |
chegamos ao local dos destroços. O mar do Rio Grande do Norte é
conhecido por ser mais um pouco agitado, mas a embarcação de grande
porte sacode pouco. As correntes e o retorno à embarcação
com ondas fortes e que requerem um bom preparo físico. | O guincho de cabestrante do São Luiz | Enseada de Pititinga, RN. |
literalmente uma mãozinha. No fundo, tudo perfeito, pouca correnteza e a água bastante clara tornaram a exploração do São Luiz um passeio. O navio muito grande encontra-se parcialmente adernado, nele, além de um enorme número de peças interessantes temos penetrações e uma fauna exuberante. Na popa estava calmamente dormindo o maior Lambaru que já vi, uns 4 metros; "pelo menos foi o que pareceu quando um dos colegas resolveu obstruir sua passagem no túnel que ele e nós dividíamos". O enorme guincho de cabrestante é sem dúvida destaque entre as peças do São Luiz. |
Caldeiras
do São Luiz | Comandante
Pessoa | Compartimento
das máquinas |
Depois
de um intervalo de superfície e um lanchinho, já estávamos
sobre os destroços do COMANDANTE
PESSOA, as informações que havia recebido desse naufrágio
não faziam justiça ao mergulho. O Comandante Pessoa é sem
dúvida um dos naufrágios mais bonitos do Brasil e nunca vi no Brasil
um fundo tão parecido com os típicos recifes do Caribe. Uma quantidade
enorme de esponjas tubulares amarelas cobre os destroços e a profusão
de peixes é enorme. |
07.01:
Segunda-Feira |
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08.01:
Terça- Feira No terceiro dia da expedição, antes das 6:00 h, deixamos definitivamente a enseada de Pititinga, RN. com destino ao naufrágio do COMANDANTE PESSOA. Três mergulhos nesse naufrágio ainda seria pouco para explorar todos os destroços. Um dos mais confusos que já mergulhei. Mais um show de água clara e fauna marinha variada. |
| O amplo deck de mergulho |
| Dele,
descendo a costa chegamos ao SÃO
LUIZ para o terceiro mergulho da expedição neste naufrágio.
O roteiro foi cuidadosamente preparado para melhor aproveitamento dos naufrágios
do Rio Grande do Norte, onde a menor estrutura de mergulho torna difícil
atingir esses pontos. O naufrágio não decepcionou, o terceiro mergulho
teve a água mais clara, permitindo uma exploração ainda mais
eficiente. Deixamos o SÃO LUIZ com destino ao BATENTE DAS AGULHAS, outra formação dita como "diferente". |
Confesso que não estava muito animado, já que não era um naufrágio, mas o Nico da Atlantis como sempre, deu a dica certa "mergulhe se não você vai se arrepender". Quem já mergulhou com o Nico sabe, que no jeito calmo e brincalhão ele sabe muito bem o que fala. Resultado, apesar de estar com o braço um pouco dolorido, fui para a água. Que show! um festival de peixes de todos os tipos; cardumes de Pirangicas gigantes, Barracudas, Pampos e Xaréus passeavam entre as estranhas formações colunares, peixes coloridos e esponjas por todos os lados. Imperdível! mesmo sem naufrágio. |
2ª
Etapa - Paraíba |
09.01:
Quarta-Feira | Alvarenga |
Jônia, Vivian, Patrick e Denise, desfrutam do conforto de bordo | Com
o mergulho mais curto da viagem encerrado, partimos para o QUEIMADO
(Erie) , que já não visitava à quase 10 anos. Infelizmente
foi minha única decepção na viagem. A água com menor
visibilidade, cerca de 10 metros, não chegou a prejudicar, porém,
o pequeno número de peixes, em comparação a meus mergulhos
anteriores, me assustou. Assim mesmo, a visão desse belo vapor, com suas incríveis caldeiras quadradas, sabendo que são algumas das poucas do mundo que podem ser observadas. preenchia todo o espaço do mergulho. Apesar da água o Queimado valia dois mergulhos e abortamos o mergulho no vapor ALICE, pois a visibilidade não atingia 2 metros. Seguimos em direção ao porto de Cabedelo, PB. para o pernoite no Jacaré, com direito a passeio em terra e Bolero de Ravel no por do sol. A visita a bordo de nosso amigo Ismar da Mar Aberto de João Pessoa e uma noite de sono em cama que não balançava fecharam o dia. |
Hélice do Queimado, o pouco que restou da popa | Por do sol no Jacaré (Cabedelo, Pb.) com direito a Bolero de Ravel |
3ª
Etapa - Pernambuco |
10.01:
Quinta-Feira |
Vapor
Bahia, um dos mais belos naufrágios do Brasil |
Dois mergulhos maravilhosos, com direito a uma "longa" descompressão flutuando sobre os destroços. Nenhuma corrente e águas transparentes; parecia que o mergulho nem tinha acabado, quem disse que descompressão é coisa chata, as tartarugas e raias desfilavam pelo navio enquanto assistíamos a tudo. Deixamos o BAHIA chorando em direção ao porto de Recife, PE. aonde chegamos no final da tarde, a travessia serviu para acertamos os detalhes de misturas gasosas e tabelas descompressivas para o mergulho na Camaquã no dia seguinte. Ancorados no porto junto ao Recife antigo, um desembarque foi providencial para repor estoques de pilhas e preparar o aniversário de nossa companheira Jônia.
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11.01:
Sexta-Feira |
Miguel Alex durante a longa descompressão. Dois computadores garantindo o procedimento contra possíveis falhas de um deles. |
Corredor
de bombordo da Camaquã |
Mergulho
tranqüilo e descompressão sem sustos. Derivamos suavemente por cerca
de meia hora. Assim que retornamos ao barco... almoço!, se é que
essa simples palavra pode representar as surpresas para o paladar que o Enterprise
guarda. Depois do almoço, esticados nos sofás, assistíamos as gravações dos cinegrafistas José Dias e Adair Ribeiro em uma bela tela de LCD, pensei comigo "isso é um dia perfeito". Chegamos a Recife e novamente deixamos o barco para que a festa de aniversário surpresa fosse preparada. No retorno; presentes, bolo, petiscos e muito enfeite. |
| 12.01:
Sábado Acordamos no sábado já sentindo saudades, pois o último dia de viagem havia chegado. Seguíamos em direção ao Vapor dos 48 e ainda assim, vários de nós já se lamentavam por estar acabando aquela boa vida. O mergulho no VAPOR DOS 48 não poderia ser melhor. O mar estava o mais calmo de toda a viagem e a água muito clara já permitia antever o grande mergulho. O mar estava tão parado que não era possível se apoiar no cabo de descompressão. Só restando flutuar em volta do cabo. Durante o mergulho me dediquei a tirar as medidas das máquinas o que espero que possa contribuir para a identificação do vapor dos 48. |
Do
VAPOR
DOS 48 seguimos para o último
mergulho da expedição, o PIRAPAMA.
Esse mergulho era aquele último, tipo: "Só para encerrar",
no Pirapama e com mar parado e claro, convenhamos é um Luxo. O jantar de encerramento e da viagem deixou claro que ela foi um sucesso. O incrível senso de humor dos participantes e o alto astral estiveram presentes em cada minuto da viagem.
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A
expedição contou ainda com o suporte técnico do Instrutor
Especialista Maurício Carvalho,
com mais de 20 anos de experiência em Naufrágios e do cinegrafista subaquático José Dias. |
Outras
informações e Inscrições: |
Atlantis
Divers Fones: (84) 3206-8841 / (84) 3206-8842 Fones/Fax: (84) 3206-8840 [email protected] http://www.atlantisdivers.com.br/voyager.html | |