Guinchos
e Cabrestante |
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Cabrestante |
Este
sistema de força funciona como um tipo de guincho, para elevar a âncora
através de sua corrente
ou dar tração em cabos. Ele funciona com um sistema de catraca de
sentido único. Uma lingüeta impede o retorno da corrente. Até o advento do vapor, eram acionados por força humana. Homens giravam o chapéu, utilizando para isso barras encaixadas na parte superior do cabrestante. |
Normalmente
no convés, em volta do cabrestante, existiam ripas para dar suporte aos
pés dos dez ou doze marinheiros responsáveis pela faina. O eixo deste cabrestante normalmente estava fixado nos conveses inferiores e até na quilha. A corrente normalmente era recolhida por baixo do convés superior. Com a força do vapor, eles passaram a serem acionados por máquinas, não existindo assim mais locais para o encaixe das barras no chapeu. | Cabrestante |
Dicas
de mergulho Encontramos esses sistemas nos navios a vela do final dos séculos XVII a IXX, como o Dona Paula, 1827, Arraial do Cabo, RJ. Por possuírem metal de alta resistência são encontrados no fundo e muitos deles têm, como costumam brincar os colegas, a forma de um "Eixo Cardam". Vale lembrar, que embora sejam encontrados caídos na horizontal, a posição nos navios, era com o eixo na vertical. |
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Guinchos a vapor |
A
partir da metade do século XVIII, um novo tipo de sistema de recolhimento
das correntes, o guincho, começou a aparecer e substituir os cabrestantes. Guinchos são sistemas de força formados por dois tambores de engrenagens ligados por um eixo horizontal. No centro das engrenagens, existe um sistema do tipo coroa e pinhão, acionado por um pistom movido pelo vapor das caldeiras, que faz girar o eixo. O vapor é conduzido ao sistema por canos fixados por abaixo do convés. Um registro fecha essa condução de vapor. Nas extremidades do eixo existem normalmente polias auxiliares que servem para dar tração a cabos de atracação etc. Em navios modernos o acionamento é realizado por um motor elétrico |
Guincho e sua corrente. | Sistema de giro do Guincho |
O tamanho dos guinchos é proporcional ao tamanho do navio que equipavam, assim podemos retirar um padrão sobre a tonelagem do naufrágio em função do tamanho do guincho. |
Dicas de mergulho |
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Presença muito freqüente nos naufrágios,
graças a sua forte construção que resiste bem à corrosão.
Estão posicionados principalmente na proa para erguimento das âncoras.
Seu número pode ser variável; encontramos um grande central, mas
normalmente estão em pares menores. Grandes navios militares, como os Encourçados
do início de século XX podiam ter quatro âncoras presas ao
casco, neste caso o número de guinchos também seria quatro. São também encontrados na popa, onde podem recolher âncoras , porém mais freqüentemente servem a tração nos cabos de atracação. Um tipo ligeiramente diferente é encontrado nas proximidades dos mastros, onde acionam os cabos dos Paus de Carga. | Sinal manual para guincho |
Guincho
do vapor Buenos
Aires, 1890, Rio de Janeiro, RJ. |
Guinchos também podem dar uma idéia da dinâmica
do naufrágio. Como estão firmemente presos ao convés,
eles têm tendência a acompanhar o desmanche desta parte do navio. Assim, guinchos caídos no fundo em sua posição normal, indicam naufrágios que desmontaram sob a quilha. Irman, 1968, Salvador, BA. Enquanto, guinchos caídos de cabeça para baixo, indicam que houve adernamento antes dos destroços desmontarem. Chata de Noronha, 1973 Recife, PE. |
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Consulte
nosso guia de estruturas de vapores e conheça mais sobre sua construção
e características, caso deseje identificar as peças pelo visual
utilize o esquema na página de Navios à vapor. |
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