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Histórico
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Baía de Jacuacanga |
Maquete do encouraçado Aquidabã |
Em
1906 fazia parte da 1ª Divisão Naval, quando realizou uma viagem à Ilha
Grande para "exercícios de telegrafia sem fio. Na tarde do dia 21 recebeu
ordem para seguir com o Cruzador "Almirante Barroso" que transportava
uma comitiva com a função, de inspecionar
a Baía de Jacuacanga para a escolha do local de montagem do Arsenal de
Marinha. Às 22:15, quando estava fundeado na enseada de Jacuacanga, uma
tremenda explosão estremeceu o navio foi e em menos de 5 minutos.
A causa da explosão nunca foi totalmente comprovada o mais provável é que tenha sido o Cordite, um explosivo instavél que também vitimou outras embarcações. |
A Explosão
e o rápido afundamento, causaram a morte imediata de 112 pessoas. Entre
os mortos: os Contra-Almirantes Rodrigues da Rocha, Cândido Brasil e Calheiros
da Graça. Após o naufrágio o local do sinistro foi marcado com bóias e logo escafandristas começaram o trabalho de resgate, retirando da água corpos deformados, roupas e utensílios. Três relógios encontrados ajudaram a estabeler a hora aproximada da explosão. O do capitão Santos Porto marcava 22h42; o do segundo tenente Enéas Cadaval, 22h45; e do Almirante Calheiros 22h47. |
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO
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Monumento ao Aquidabã |
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* Embora existam
registros para Aquidaban", o nome correto "de registro é
Aquidabã.
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Costão
da Monsuaba até 2023, no alto do morro o monumento do Aquidabã
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Costão
da Monsuada em 2024, no
alto do morro o monumento do Aquidabã
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Infelizmente
um enorme condomínio, praticamente na linha do mar, está
sendo construído no local, descaracterizando completamente o costão.
Não sou contra o progresso, mas exageraram, que coisa de mal gosto, sem nenhum respeito ao cenário do litoral e respeito a um monumento da história do Brasil. Na parte do alto do morro está o obelisco que marca a tragédia. Triste país sem memória, como as autoridades puderam consentir tal absurdo. |
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O
Encouraçado Aquidabã nas suas 3 fases de construção
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De 1896 à 1898 a mastreação foi substituída por dois mastros militares |
Em 1906, ano de seu afundamento |
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Descrição |
O navio
está partido em diversos pequenos segmentos da proa a popa, com continuidade;
o casco encontra-se ligeiramente adernado para bombordo. A proa esta totalmente adernada, nela pode ser visto no convés, o orifício do escovêm e parte do reforço de proa. Sob a estrutura da proa pode ser feita uma pequena penetração. Tanto por bombordo, como por estibordo, podemos seguindo os ferros, contornando a embarcação. Em direção a popa, encontramos um segundo agrupamento de ferros, onde está a torre cônica de uma das metralhadoras. A meia nau, encontrarmos uma boa secção de casco e a grande torre do canhão de 203 mm. O formato é de um bolo de noiva adernado para bombordo. No centro da torre do canhão uma grande abertura retangular e uma escotilha de acesso ainda com a tampa aberta. Um dos canhões ainda preso a torre e aponta para o fundo lodoso. |
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Side
Scan Sonar do Aquidabã realizado pelo Navio Taurus
do Serviço de Hidrografia e Navegação da Marinha |
No centro da embarcação
(parte mais rasa), estão as três grandes caldeiras (três
fornalhas), uma delas, totalmente descoberta e as outras parcialmente soterrada
por destroços, abaixo das caldeiras encontra-se grande quantidade
de ferros, porém a água é freqüentemente turva.
Das caldeiras para a popa, são encontrados estruturas metálicas que se projetam para a superfície; tratar-se do local onde ficavam as máquinas que foram retiradas nos trabalhos de resgate. Atrás dessa estrutura encontramos uma grande bacia que chega ao fundo de areia, nesse local estava o canhão de popa, que também foi retirado. Ainda pode ser visto o sistema de rotação do canhão, formado por uma grande cinta, onde estão fixadas diversas roldanas. O casco de estibordo está praticamente integro de proa a popa, nele estão presas muito redes e ele está coberto por grandes gorgônias. A popa mergulha suavemente no lodo até desaparecer. |
Fotos
dos destroços no fundo
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Embora
os destroços do Aquidabã estejam em um local de águas
freqüentemente turvas, podemos encontrar visibilidade maior do que
15 metros nos períodos de maré cheia e vento favorável.
Nessas ocasiões podemos desfrutar da grande extensão dos
destroços; porém, o reconhecimento das peças, como
canhão, sistemas de giro, metralhadora, caldeira etc. requer experiência.
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Inserção do canhão na torre de proa, a ponta está enterrada no lodo |
Escotilha superior da torre do canhão de proa |
Sistema de giro com roldanas da torre de canhão de popa (retirado) |
Espessura (279 mm.) da couraça. Considerado na época como encouraçado de papel, pela fina couraça |
Caída de lado, a torre cônica da metralhadora Nordenfelt, com a abertura de tiro visível |
Base do mastro |
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