|
USS
Missouri
BB-63
Pearl Harbor - Hawaii |
O
USS Missouri (Battleship Missouri Memorial) é uma das atrações
do World War II Valor in The Pacific National Monument, localizado
na base naval de Pearl Harbor em Honolulu na ilha principal no Hawaii. A entrada e centro de visitantes localiza-se a pouco mais de 20 minutos de carro da praia de Waikiki, com acesso fácil e bem sinalizado. Nela estão diversas atrações todas muito bem sinalizadas e com muita organização e conforto. |
As
visitas podem ser
programadas com antecedência do Brasil ou na bilheteria no local.
Mas os horários de visitação são rigorosos.
No Missouri, recomendamos comprar a opção visita especial,
pois ela da acesso ao interior do navio com um guia especializado. |
|||
Memorial do Arizona |
|||
No
centro de visitantes existe ainda aberto a visitação um submarino
americano (U.S.S. Bowfin), um submarino
kamikase japoneis Kaiten, alguns tipos de torpedos, mísseis,
outras peças ligadas a marinha americana além de monumentos
ao ataque a Pearl Harbor, além de confortáveis intalações
com banheiro, lanchonetes e naturalmente lojinhas. Do centro de visitantes um ônibus leva até o ancoradouro do USS MIssouri, lá também existem banheiros lanchonetes e lojinhas. Depois da visita ao Missouri o mesmo ônibus leva aos visitantes ao museu de aviação (Pacific Aviation Museum - opcional), no mesmo complexo. Lá estão diversos modelos de aviões americanos e japoneses que participaram do conflito e no hangar ao lado um enorme número de aviões e helicópteros dos períodos seguintes a 2ª Guerra Mundial, inclusive modelos soviéticos e chineses. Para quem gosta do assunto é imperdível. |
|||
|
|||
Histórico Em
janeiro de 1941, com a Segunda
Guerra Mundial espalhando-se pela Europa e o Japão dando continuidade
a seu projeto de expansão
pelos territórios do Pacífico os Estados Unidos aceleram
seu programa de construção naval de grandes inidades. Assim
inicia-se a construção deste encouraçado da classe
Iowa nos Estaleiros da Marinha no Brooklyn em New York. |
Durante
o período da Segunda Guerra Mundial, após seu lançamento
participou de um grande número de operações na guerra
no Pacífico, principalmente dando apoio as frota com deslocamento
de porta aviões e principalmente realizando bombardeiro de costa,
graças a suas três baterias com nove canhões de 406
mm que podiam alcançar cerca de 32 quilômetros com grande
poder de destruição. |
Em
fevereiro de 1971 é colocado nas docas Puget Sound em Washington,
como reserva naval da marinha americana. De 1984 a 1986 o navio modernizado
é recomissionado, influenciado pelos eventos do rápido afundamento
da corveta leve inglesa Shefild durante o conflito entre a Inglaterra e
a Argentina pela posse das ilhas Malvinas (Falklends) no Atlântico
sul. De setembro a novembro de 1983 participou das operações de retomada do Kwait no Golfo Pérsico em apoio à Operação Vontade Sólida. Em janeiro de 1991 deu apoio da Operação Escudo do Deserto (contra o Iraque), sendo o primeiro navio de guerra a disparar mísseis Tomahawk na Operação Tempestade do Deserto. Em 31 de março de 1992, o USS Missouri foi desativado pela última vez; e em 29 de janeiro de 1999 foi inaugurado como museu denominado Battleship Missouri Memorial, como parte do acervo do museu da base de Pearl Harbor. |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|
O USS Missouri
encontra-se em uma das ilhas do complexo de Pearl Harbor e um ônibus
leva até seu ancoradouro partindo do centro de visitantes. |
|
Tudo no navio
impressiona pelo tamanho. Na proa, os guinchos,
correntes e cabeços de amarração são de
enormes proporções.
A grande distância entre o bico de proa e o início dos canhões era necessário para, durante a navegação principalmente em mar agitado equilibrar o peso de mais de 12 toneladas de cada uma das duas grandes torres dos canhões da proa |
||
|
||
As armas | ||
|
|
|
As
três torres, duas na proa e uma na popa, apresentavam três
canhões de 406 mm (16 pol), que podiam enviar com precisão
projéteis com 1.225 Kg até uma distância de 20 milhas
(32 Km),
mantendo uma incrível cadência de tiro de 2 disparos por minuto, considerando o peso dos projéteis e a carga de pólvora utilizada para o disparo que precisavam ser recarregados |
||
|
|
Cada
projétil de 1.225 kg era impulsionada por até 6 grandes
pacotes (bags) de pólvora com aproximadamente 20 kg para
os tiros mais longos acomodados em grupos de três em recipientes
de metal, que hoje estão espalhados por todo o complexo do navio,
mas que durante o combate ficavam estocados na parte inferior das torres
e eram levados até o canhão, da mesma forma que os projéteis,
por elevadores.
O peso de cada uma das torres com o sistema de tiro era de 12.151 Kg, mas os canhões não podiam estar apontados diretamente para a proa durante o disparo, pois o balanço da embarcação fazia parte do sistema de neutralização do recuo da arma. Nenhum marinheiro poderia permanecer ao lado das torres durante o disparo e frequentemente o piso do convés era danificado pela vibração |
||
|
|
|
A
primeira torre de proa está aberta a visitação, a
sala de controle (direita) pode ser acessada por uma apertada escada e
escotilha na sua parte posterior da torre.
No seu interior além do controle de tiro estão os mecanismos de recarregamento dos canhões. |
||
|
|
|
Para
cada canhão uma dupla de marinheiros alimentava com o projétil
e seis pacotes de pólvora de 20 quilos. A munição
que era acomodada na base da torre (abaixo do nível da superfície)
chegavam junto a culatra do canhão (centro) através de elevadores e da escotilha retangular (direita), era introduzida no canhão deslizando por um trilho e empurrada por um pistão hidráulico |
||
|
|
|
Dois
conveses abaixo da linha d'água estava a principal sala de controle
de tiro, com as mesas de cálculo e os gatilhos em bronze de cada
canhão separadamente.
Uma grande preocupação com danos pode ser percebida pela redundância apresentada no disparo das armas. Os canhões também podiam ser disparados diretamente da torre e de outra sala de comando de tiro com controles independentes. A quantidade de reles, chaves, válvulas e outros painéis é enorme. Em algumas paredes existem centenas de manivelas e válvulas exatamente iguais. |
||
As
dez baterias secundária do Missouri de 5 polegadas (127 mm) eram
capazes de disparar projéteis de 54 libras, sustentando uma barreira
de fogo de 15 tiros por minuto, |
||
|
||
|
Interior do navio | ||
|
A
grande sala de estar e refeições do convés principal,
anexa a cozinha dos oficiais (para atender 2000 homens existiam várias
cozinhas), está preparada para que durante o combate possa ser rapidamente
transformada em sala de primeiros socorros atendimento inicial e triagem
dos feridos. No teto existe iluminação especial, as mesas podem ser convertidas para atendimento médico individual, armários estocavam suprimentos médicos e um elevador dá acesso direto ao centro médico, com salas cirúrgicas, dois conveses abaixo. As demais acomodações, principalmente para os marinheiros, como em todos os navios militares, são espartanas. As camas e armários são minúsculos e os banheiros comunitários. Mesmo os camarotes dos oficiais de alta patente, o que inclui o Capitão não possuíam luxo. Cada parte do navio é adaptada para o máximo de eficiência em combate. |
|
|
|
|
|
Nos
detalhes da parte interna do navio fica muito evidente todo o preparo
para o combate, deste tipo de embarcação. Existem várias
salas de controle de dano de onde partiam equipes para controle de incêndio
e centros de controle de onde podiam ser tomadas medidas paliativas para
contornar os danos ocasionados pelo fogo inimigo.
Um grande corredor percorre praticamente todo o navio conectando a maioria dos compartimentos, ele é conhecido como Hollywood e ficou famoso no filme Battleship - A Batalha dos Mares, filmado no Missouri, quando os personagens carregam no ombro, da proa a popa um projétil dos canhões de 16" (1225 kg). Por todo o corredor existem diversas portas pesadas com sistema de travamento, no caso de alagamento, elas podiam isolar as diversas seções do navio. Conectando os diferentes conveses estão escotilhas cada vez mais pesadas a medida que se desce pelos decks. Escotilhas e corredores de fugas entre os conveses também existiam, porém só o oficial do setor estava autorizado a abri-los no caso de marinheiros tentarem escapar por ali. Todas essas vias de escape eram muito apertadas e escuras - no meio de um combate deviam ser sinistras. |
|||
Em cada compartimento existiam sistemas
extras de cabos e tomadas junto as portas de isolamento que permitiam que
caso um compartimento avariado perdesse a energia para seu funcionamento,
a energia fosse puxada do compartimento ao lado. Cada um dos cabos e tomadas eram marcados por cores e por elementos de identificação pelo tato, para o caso de não existir iluminação, embora lanternas de emergência estejam por todo navio. Repare nas pequenas chaves para fixar os cabos elétricos, elas também estão presentes em redundância, aumentando a chance de sucesso caso alguém deixasse a chavinha cair no meio da confusão da batalha - "o mãozinha escorregadia desgraçada..." São tantos corredores salas, compartimentos e acessos que tudo e codificado para facilitar a localização e cada equipe a bordo era treinada para reconhecer as rotas de fuga de seu compartimento de trabalho. |
|
|
|
|
||
Sala
de máquinas Com um deslocamento de mais de 45.000 toneladas e com uma velocidade de mais de 30 nós o sistema de máquinas não poderia ser menos grandioso e seus números também impressionam. Oito caldeiras diesel Babcock & Wilcox - pressão de 600 PSI (libras por polegada quadrada). Quatro máquinas com turbinas General Electric. Potência de 212.000 n.h.p (Naval Horse Power). Dois hélices dentro dos bordos - cinco lâminas (17 '5 polegadas - 5,3 metros). Dois hélices fora dos bordos - quatro lâminas (18 '3 polegadas - 5.6 metros). Capacidade de combustível - 2,5 milhões de galões de óleo diesel (mais de 9,5 milhões de litros). Capacidade de água 239.000 galões (mais de 900.000 litros). 30.000 galões de combustível de aviação (mais de 11.3000 litros). |
||
|
|
Embora
a sala de máquinas seja muito grande existe muito pouco espaço
livre, com todas as caldeiras, turbinas, motores elétricos, sistemas
de baterias e equipamentos auxiliares.
Os painéis de controle informavam a todo momento o estado de funcionamento das máquinas. |
|
|
|
Diversas caldeiras
a diesel espalham-se pelos compartimentos a vante das máquinas.
Na foto central a operadora utiliza um maçarico para demonstrar
como ocorria o acendimento de uma das caldeiras.
Uma das turbinas de propulsão (foto a direita), foto feita da passarela sobre o eixo. |
||
|
||
No
Brasil O Brasil não possuía navios deste porte e também não são registrados no nosso litoral embarcações como estas. O encouraçado Aquidabã, do início do século, é uma embarcação em estilo e dimensões muito diferente. Alguns dos exemplos mais próximos desses navios seriam o cruzador Bahia, naufragado no final da segunda guerra mundial no meio do Atlântico, quanto um tiro durante treinamento atingiu um paiol de munição e o encouraçado Graff Spee, afundado por seu capitão para que não caísse nas mãos do inimigo, na entrada do Rio da Prata no Uruguay, após ter sofrido muitos danos enfrentado diversas unidades navais inglesas. |
|
|
Consulte nosso
guia de estruturas de vapores e conheça mais sobre sua construção
e características, caso deseje identificar as peças pelo
visual utilize o esquema na página de Navios à vapor.
|