Admiral Graf Spee
 

 
Em 1929 a Alemanha decidiu construir novos encouraçados, o objetivo deste programa de construção naval visava substituir a velha frota de encouraçados.
Este programa visava uma blindagem superior, uma artilharia de nível superior, e deveriam ser velozes para isso estes Vasos de guerra não poderiam ultrapassar as 10.000 toneladas.
O "Admiral Graf Spee" era chamado pelos britânicos de cruzador de bolso, pois foi construído sobre os termos do Tratado de Versalles que, após a Primeira Guerra Mundial, limitava o tamanho e armamento que a Alemanha poderia possuir. Os navios podiam atingir apenas 10.000 toneladas.
Assim como seu navio irmão o Almirante Maximilian Von Spee eram um "Panzerschiff" (navio blindado) de classe Deutschland e apesar de somarem apenas 16.020 toneladas foram considerados obras primas da engenharia naval alemã, com muitos aperfeiçoamentos técnicos, que forneciam velocidade manobrabilidade, potência de tiro e eficiência de combate.
O navio realizou cinco patrulhas durante a guerra civil espanhola entre 1936-1938. Já durante a Segunda Guerra Mundial (1940) foram reclassificados como cruzadores pesados.
Pouco antes do início dos conflitos o Almirante Graf Spee foi comicionado para atuar no Atlântico sul, bloqueando as vias marítimas de abastecimento da Inglaterra e França.
     

Encouraçado Admiral Graf Spee
 
DADOS TÉCNICOS
Tipo de embarcação: Encouraçado Admiral Graf Spee
Nacionalidade: alemã
Armador: marinha alemã Estaleiro: Reichsmarinewerft, Wilhelmshaven
Início da construção: 1 de outubro de 1932
Lançamento: 30 de Junho de 1934
Comprimento: 186 metros Boca: 21,65 metros Deslocamento: 15.000 toneladas
Material do casco: aço  

Propulsão: 8 motores diesel- Potência de 52,050 n.h.p (Naval Horse Power) - 8 caldeiras diesel

Propulsão: 2 hélices - velocidade 28,5 nós Autonomia: 16,300 milhas náuticas(30.200 km)
Armamento durante a 2ª GM: 8 tubos de torpedo, 21 polegadas (503 mm), 6 canhões de 11 polegadas (280 mm), 8 canhões de 5.9 polegadas (150mm).

Tripulação: 33 oficiais e 921 marinheiros (2ª guerra mundial)

 
Em 26 de setembro de 1939, o comandante Langsdorff recebeu ordens autorizando ataques contra a marinha mercantes. No dia 30 de setembro o Graf Spee localizou na costa do Brasil o Clement, navio de carga de companhia Booth Steam Ship. O Clement transmitiu um sinal de "RRR" ("eu sou atacado por um raider"). O cargueiro foi apresado, seu capitão e o engenheiro de bordo foram aprisionados. O resto de sua tripulação abandonou o navio nos botes salva- vidas.
Segundo informações o Graf Spee disparou 30 tiros de seus canhões de 28 cm e de 15 cm e lançou dois torpedo. O navio quebrou ao meio e afundou. Tamanho poder de fogo deve ter sido utilizado para aferir a mira e funcionamento das armas do agora "caçador".
O capitão Langsdorff ordenou a emissão de um sinal de socorro, captada pela a estação naval de Pernambuco, para garantir o resgate da tripulação do Clement. Os náufragos britânicos chagaram à costa brasileira em seus botes salva-vidas dois dias depois.
O Almirantado britânico após o ataque emitiu aviso à navegação que os navios mercantes corriam o risco de ser atacados.
Em 5 de outubro o Graf Spee capturou o navio Newton Beech, onde acumulou prisioneiros até ser considerado lento para acompanhar o cruzador e ser também afundado no dia 8. No dia 7 afundou o navio mercante Ashlea. Em 10 de outubro capturou o navio Huntsman que depois de transferir seus tripulantes foi afundado no dia 17 e finalmente no dia 22 de outubro afundou o navio Trevanion.
 
No final de outubro o Graf Spee navegou para o Oceano Índico ao sul de Madagascar para confundir os Aliados. Por esta altura, o almirante Graf Spee tinha cruzado por quase 30.000 milhas náuticas (56.000 km, 35.000 mi) e precisava de uma revisão. Em 15 de novembro afundou o navio-tanque África Shell.
No meio de novembro retornou ao Atlântico, a tripulação para disfarçar a silhueta do navio, truque bastante comum nas duas guerras, construiu uma segunda chaminé e casarios falsos na ponte de comando e na popa, cobrindo as catapultas dos aviões de reconhecimento.
Entre setembro e dezembro de 1939, o navio afundou nove navios totalizando perdas de 50.089 toneladas brutas de registro.
 
Posição do naufrágio em frente a Montevidéu

Comandante Hans Langsdorff
 
Em 5 de outubro de 1939, as marinhas britânica e francesa formaram oito frotas para caçar o Almirante Graf Spee no Atlântico Sul. Entre os navios estavam: Os porta-aviões HMS Hermes, Eagle e Ark Royal e o francês Béarn, o cruzador britânico Renown e os franceses Dunkerque e Estrasburgo e 16 cruzadores.
Comandada pelo Almirane Henry Harwood estava a Força G designada para a costa leste da América do Sul, entre as Ilhas Falkland (Malvinas) e o estuário do rio da Prata, com os cruzadores pesados Cumberland e Exeter e leves Ajax e Aquiles.
Na manhã do dia 13 de dezembro, os vigias do Graf Spee avistaram e identificaram o HMS Exeter. Langsdorff decidiu não fugir e ordenou postos de combate.
Assim que os britânicos identificaram o Graf Spee, o comandante Harwood dividiu suas forças para descentralizar o fogo dos Graf Spee. A batalha feroz iniciou-se e em 30 minutos o Exeter já estava praticamente fora de combate, com apenas uma das torres funcionando, 61 tripulantes mortos e 23 feridos. Na continuidade o Graf Spee atingiu fortemente o Ajax que perdeu seus canhões de popa e adernou fortemente para bombordo. O Graf Spee também sofreu fortes perdas, atingido mais de 70 vezes, 36 homens estavam mortos e 60 feridos, incluindo o comandante Langsdorff. Foi ordenado ao Graf Spee recuar para o interior do estuário do Rio da Prata.
Os cruzadores ingleses permaneceram ao largo vigiando uma possível tentativas de fuga.
 
Cruzador leve HMS Ajax
Cruzador leve HMS Aquiles
Cruzador leve HMS Exeter
 

Já no porto de Montevideú relatos falsos davam conta que forças navais britânicas ainda mais fortes aproximavam-se para invadir o porto. Dias depois, o comandante foi intimado pelo governo Uruguaio a deixar o porto, porém os três cruzadores ingleses ainda o aguardavam em fora do estuário, que não permitia liberdade de manobras, um alvo fácil.
Em 17 de dezembro de 1939 o comandante Hans Langsdorff do Graf Spee", para não entregar seu navio aos ingleses, desembarcou boa parte da tripulação, deixou o porto e pouco tempo depois fez com que o cruzador fosse pelos ares e afundasse.
O navio foi parcialmente quebrado e a maioria das estruturas nobres destruídas, embora parte do navio tenha permanecido visível acima da superfície.
Langsdorff dirigiu-se Buenos Aires, onde em 20 de dezembro, no quarto de um hotel e totalmente fardado deu um tiro contra a própria cabeça e pôs fim a própria vida.
O encouraçado Graff Spee permaneceu em descanso até 2000 quando os trabalhos de resgate de seus destroços foram autorizados.

 
 

 

O Resgate do Graf Spee

Com o apoio de Alfredo Etchegaray o dono do direito de exploração do encouraçado GRAF SPEE foi encontrado no porto de Montevidéu durante os trabalhos de exploração dos destoços do cruzador alemão um dos mais terríveis símbolos da alemanha nazista.
Da popa do navio foi retirada a águia, com dois metros de altura e dois metros e oitenta de largura, com a suástica em suas grarra, um dos símbolo nazista que representou o terror no mundo durante a Segunda Grande Guerra.

 
Na proa do Graf Spee, a esquerda, está colocada a águia, que segur a pelas garras a suástica nazista,vista no detalhe a direita.
 
É realmente impressionante o que esse símbolo "único no mundo", (uma vez, segundo os alemães foram retirados do mundo qualquer símbolo que fizesse lembrar o nazismo de Ritler), feito em bronze, pesando ao redor de 350 quilos, retirado da popa deste vaso de guerra com seus 145 parafusos de ... polegadas desaparafusados um a um está produzindo nas pessoas que vem visitá-lo.
Ao redor de quinze metros de profundidade, o "jefe de los busos" como é chamado em espanhol o reponsável pela operação de mergulho Héctor Bado contou que mais ou menos por acaso encontraram a águia.
   Todo o tempo sabiam da existência deste símbolo, mas devido a visibilidade zero do local

 
e as grandes correntezas que podem girar até 360° que tornam este mergulho muito difícil de se realizar, e sem poder contar com auxílio de bússola tinham o tato como principal aliado. Após algum tempo de mergulho encontraram no convés uma peça que indicou o caminho para lhes conduzir ao que não foram buscar (este mergulho tinha como objetivo a retirada de um canhão) e encontraram o que era mais precioso.
Após tatear o símbolo e confirmar que era a Águia Nazi, decidiram conduzir uma operação que visava na retirada dos 145 parafusos que a prendia na popa na parte frontal do casco, tal como uma carranca nazi.
Na proa deste navio também estão localizadas as cabines dos oficiais e uma vez que, durante todos esses anos este Vaso partido ao meio vem mergulhando em um poço de lama cada vez mais profundo, teoricamente esta lama pode estar conservando toda a documentação deixada à bordo desde aquela época.
O navio não pode ser cortado e toda peça que sai tem que ser retirada por desmontagem sem corte.
Por isso a próxima etapa será a retirada da torre de comando de muitas toneladas que por todo o seu peso foi sustentada no convés simplesmente pela força gravitacional sem ao menos um pingo de solda.
O propósito de todo esse trabalho é criar um museu em Montevidéu

 


 
Avião de reconhecimento do Graf Spee
Uma das âncoras do Graff Spee ornamenta
a entrada do memorial em Montevideu
Têlemetro utilizado para os cálculos de tiro, uma lente em cada extremidade servia para ajuste da mira
O telêmetro ao ser resgatado do rio da Prata
 
Canhões que equipavam o Graf Spee
 

Para saber mais:

Graf Spee

Especial - 2ª Guerra Mundial.
Popa.com.br - A Batalha do Rio da Prata
http://www.artehistoria.com/frames.htm