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NAUFRÁGIO do GONÇALO COELHO
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Histórico |
Após
a 2ª Guerra Mundial uma grande quantidade de embarcações
utilizadas nos desembarques nas praias foi transformada em navios de pesca
ou cargueiros. Os navios americanos deste tipo mais novos continuaram servindo
a US Navy até o final da guerra do Vietna. Com o término deste
conflito, muitos deles seguiram o mesmo destino e foram reformados e vendidos
a países de menor capacidade econômica como o Brasil. No início da década de 80, a Ilha de Fernando de Noronha, ainda sob administração das Forças Armadas, começou a apresentar grande desenvolvimento turístico e a população da ilha atingiu cerca de 1500 habitantes. Como a ilha não produzia nenhum dos recursos que seus habitantes precisavam, era necessário manter-se uma linha de abastecimento. Ela era feita por aviões da FAB do tipo Hércules e Búfalos. Porém com o aumento das necessidades esse transporte passou a tornar-se caro e insuficiente. |
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Para solucionar o
problema, o Estado Maior das Forças Armadas (EMFA), decidiu comprar
nos Estados Unidos dois navios do tipo LCT (Landing Craft Tank). A ideia
era desembarcar diretamente na praia os produtos, já que Fernando
de Noronha, na época, não possuía um porto para desembarque. |
LST (Landing Ship Tank) |
LST semelhante ao Gonçalo Coelho |
Gonçalo Coelho, pouco antes do afundamento |
O
EMFA comprou em um estaleiro da Carolina do Sul nos Estados Unidos duas
embarcações, batizadas com nomes referentes ao arquipélago
de Fernando de Noronha. Elas eram o Forte
dos Remédios de 217 toneladas, comprado por US$ 225.000 e o
Gonçalo Coelho de 600 toneladas, adquirido por US$ 453.000. As
duas embarcações eram velhas, já tinham passado por
reformas, mas ainda precisavam de reformas. Segundo o EMFA era a opção
barata para suprir uma necessidade emergencial do arquipélago. |
A
embarcação era originalmente um navio de desembarque de
carros de combate LST (Landing Ship Tank). Após a 2ª
Guerra Mundial, como tantos outros (Márcia,
Rio Anil), foi reformado para cumprir outros papéis. O Gonçalo
Coelho prestou serviços durante alguns anos fazendo o transporte
de carga entre Recife e Fernando de Noronha.
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Após
o afundamento, a posição do Gonçalo Coelho foi mantida
em segredo, com a justificativa de proteger o local da ação
dos caçadores submarinos e apesar de inúmeras tentativas de
contato de minha parte, para mergulhar no navio, apenas com o objetivo de
documentação não obtive resposta de nenhuma espécie. Assim, quando partimos de Maceió na expedição do Voyager / Naufrágios do Brasil de 2007, tínhamos consciência que seria necessário realizar buscas no local contando apenas com algumas poucas informações coletadas antes da viagem e a sorte. Como sempre digo durante os cursos de naufrágio: "o naufrágio pode se esconder, mas no pode sair do lugar; assim, com um pouquinho de perseverança sempre podemos encontrá-lo." A sorte sorriu rápida e após alguns minutos de busca na região a sonda do barco decretava o fim do mistério, lá estava o Gonçalo Coelho. |
Descrição |
Este
navio de desembarque encontra-se pousado corretamente no fundo, em sua
proa encontramos as duas portas frontais abertas e caídas sob e
ao lado da rampa de desembarque, que está apoiada no fundo.
Nas duas laterais altas da proa estão as roldanas que seguravam a rampa e a bombordo o guincho que executava a manobra de abertura das portas da proa. |
Rampa de proa, caída no fundo |
As duas grandes portas que fechavam a proa estão no fundo ao lado da rampa |
Na
proa existem pequenas aberturas que levam a paióis de amarras. |
A partir de meia nau o costado de
bombordo está pendurado do convés ao fundo de areia. a boreste
está o casario, agora (2007) inclinado em cerca de 30º; ele
possui uma porta frontal que acessa a escadaria da sala de comando e ao
porão. A sala de comando pequena com 3 janelas frontais está
vazia. Na parte de trás dessa cabine está preso o mastro
da embarcação que se projeta até acerca de 16 metros. |
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No convés, diversas aberturasdão acesso aos porões |
Logo
atrás da estrutura de comando estão junto aos bordos duas
grandes aberturas retangulares, elas dão fácil acesso aos
porões. Ao lado das aberturas ainda existem as escotilhas originais de acesso ao porão. Na popa existem também pequenas aberturas no convés, mas que não dão acesso aos porões. Os lemes e hélices foram retirados antes do afundamento. Quando o navio afundou em estava completo; as portas e a ponte da proa desabaram em 2005. |
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A
fauna é abundante no Gonçalo Coelho tando no entorno quanto
no interior dos destroços
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O
interior do Gonçalo Coelho depois de preparado, está formado
por um conjunto de grandes
passagens e compartimentos, todos muito bem iluminados e de fácil penetração |
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |