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Histórico Antigo navio de desembarque de Infantaria LCI (Landing Craft Infantry), Nº 953 da Armada dos Estados Unidos. Construído em 1944 prestou diversos serviços ao exército americano, no sul da França em 1944. Com o fim da guerra foi transformado em 1947, em navio para pesca e industrialização do pescado. Zarpou do Rio de Janeiro no dia 17 de agosto de 1952, em viagem para Porto Alegre, RS., com escalas em Angra dos Reis, Rio Grande e Pelotas, carregado com carga variada. No dia 18, o mar estava calmo e o tempo claro; o farol da Marambaia estava no través. Às 4:00 horas na posição de Latitude 23º 06' 30" sul e Longitude 44º 06' 30" oeste o casco sofreu dois abalos, sentidos por toda a tripulação, parecendo colidir com um objeto desconhecido. |
Configuração como pesqueiro do Márcia |
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LCI
(Landing Craft Infantry)semelhante ao Márcia.
Podiam apresentar porta frontal de desembarque, rampas laterais ou os
dois
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O
Naufrágio Poucos minutos depois o 1º motorista chegou ao passadiço para comunicar que a casa dos motores estava sendo invadida pela água e que as bombas trabalhavam para esgotar. Como o nível de água continuava a subir, às 4:45 horas o comandante ordenou tomar o curso da Enseada das Palmas na Ilha Grande, porém às 4:50 horas foi obrigado a lançar ferros, na posição: Latitude 23º 06' 30" sul e Longitude 44º 04' 30" oeste pois o compartimento das máquinas já encontrava-se inundado. Às 6:00 horas o naufrágio parecia iminente, estando a popa totalmente afundada, por isso, o comandante ordenou o abandono da embarcação em uma baleeira, que permaneceu junto ao casco, até que às 8:00 horas este acabou por afundar. |
A baleeira seguiu
a remos até a enseada do Abraão na Ilha
Grande de onde foram rebocados por uma lancha, que foi prestar socorro,
até Angra dos Reis, onde os tripulantes desembarcaram as 14 horas. Embora ao longo do processo, tenha havido denúncias e até um inquérito sobre o afundamento proposital do Márcia, com escafandristas anali |
Garfos com a inscrição USN recuperados por redes dos pescadores da Ilha Grande |
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Posição do naufrágio (boia) em relação a ilha de Pau a Pino a direita. |
Sua direção
geral é uma linha norte/sul e boa parte do fundo do casco já
cedeu. As laterais ainda exibem o ângulo reto, típico do
fundo chato. A proa está bastante destruída e pode evidenciar
que o navio bateu de frente no fundo de areia dura. À medida que
se segue em direção a popa pode ser visto o contorno do
fundo chato, com boa parte da bochecha de boreste exposta. |
Laterais em ângulo reto indicando o fundo chato |
Na proa um dos 4 cilindros, que parecem ser tanques de diesel |
A maior parte do fundo já cedeu |
Embora a água no local seja frequentemente escura, com visibilidade menor que 6 metros, em dias de mar calmo e claro podemos encontrar boas condições de mergulho. A proximidade com o canal dragado do porto de Sepetiba, também dificulta a condição desse mergulho. A surpresa boa, foi a colonização dos destroços. Muitos cardumes de olho de cão e sargos, além de chernes e garoupas. Uma quantidade enorme de gorgônias amarelas recobrem os destroços por fora e entre seus compartimentos o número de Ceriantus é grande. Por toda essa vida, não é de estranhar a quantidade de redes espalhadas por todo o navio, o que o torna potencialmente perigoso para mergulhadores com pouco conhecimento em naufrágios e experiência em águas escuras. |
A quantidade de redes vivas (soltas) é muito grande |
Muitos cardumes abrigam-se no local |
A água escura obriga o domínio de técnicas de naufrágio |
Muitos sacos de cimento de parte da carga do Márcia |
O eixo ainda no interior do casco |
A cerca de um terço do comprimento do casco ele já cedeu e está caído na forma de "V" para o interior do navio. Logo depois, pode ser visto uma grande quantidade de sacos de cimento empilhados, mostrando o contorno do fundo do porão. À medida que aproxima-se a popa o casco volta a ficar integro e chato, porém pela lateral pode ser visto parte dos eixos, e um dos quatro motores a diesel. Na popa, não existem mais os eixos nem os hélices. Os eixos saíam de uma estrutura que protegia o hélice do fundo de areia das praias durante o encalhe para desembarque. O leme central é largo e permanece integro voltado para cima. |
Existe
pouco material em volta da popa, não permitindo perceber o casario
que existia a partir de meia nau, talvez por ser feito de madeira já
tenha se decomposto.
No local, frequentemente encontra-se, no fundo, águas turvas e com forte correnteza. Além disso, deve-se tomar cuidado com os navios que deixam o porto de Sepetiba, pois o Márcia fica dentro da área do canal de acesso ao porto. |
Na
popa podemos ver a saída e proteção dos eixos e hélice,
ao fundo o leme, contornado pelo mergulhador e sua carretilha
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Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |