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O
navio NRP Sagres (NRP - Navio da República Portuguesa) é
um navio da escola da Marinha portuguesa, armado como uma barca de três
mastros. Mede cerca de 90 metros de comprimento e desloca 1900 tonaladas
pertencendo a Marinha de Portugal desde 1962. Sua função
é assegurar a formação marinheira dos cadetes da
Escola Naval, complementando a componente técnica e acadêmica
da sua formação com treino do mar. É o terceiro
navio escola com esse nome, sendo por isso, conhecido também
por Sagres III.
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Este
navio pertencente a classe Gorch Fock, foi o terceiro a ser lançado,
de um total de 5 navios (4 lançados ao mar), construídos nos
estaleiros navais da renomada Schiffswerft e Machinenfabrik Blohm &
Voss em Hamburgo na Alemanha. Incorporado em julho de 1937 com o nome
de Albert Leo Schlageter, o objetivo da classe era desempenhar as funções
de navios-escola para a Marinha Alemã. O Albert Leo Schlagete pertenceu
a Alemanha até 1948. Devido ao período da Segunda Guerra fez apenas uma viagem de instrução sob bandeira alemã. Acabando por ser empregado como transporte de tropas e refugiados no mar Báltico, até que em uma de suas missões atingiu uma mina submersa e severamente danificado foi ancorado no porto. |
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No
final da II Guerra Mundial, durante a ocupação do porto
de Bremenhaven, as forças armadas dos Estados Unido capturaram
o Albert Leo Schlageter e o Horst Wessel, segundo navio da classe. |
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Navio Sagues
no porto do Rio de Janeiro em fevereiro de 2020
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Navio Sagues
no porto do Rio de Janeiro durante as olimpíadas de 2016
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A
Proa do Veleiro Além do mastro gurupés que se projeta na proa ornamentada com a figura lendária do Infante Dom Henrique, em seu convés, se destacam os sistemas de retenção, lançamento e recolhimento das âncoras, amarração de cabos e outros equipamentos, todos muito brutos e que por isso, são muito resistentes e estão presentes em diversos naufrágios espalhados pelo Brasil. |
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Figura de
proa é representada pelo Infante Dom Henrique grande impulsionador
da expansão e dos descobrimentos portugueses
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Cabeços
de amarração da proa
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Sistema de
guincho de cabrestante
(verticais) que subiam
as âncoras, estãosinalizados no bombordo com vermelho e em boreste com verde |
Um dos três
sistemas de trava das correntes,
o parafuso aperta o sistema contra os elos |
Descida da
corrente do convés para o escovém
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Convés
mastros e casario No longo convés do Sagres existem dois castelos mais elevados, um na proa e outro na popa. Por todo o convés existem muitas estruturas distribuídas para cumprir as muitas funções necessárias ao bom funcionamento de um grande veleiro como este. O navio é armado a galera, com três mastros, Traquete (à frente - proa), Grande (no centro - meia nau) e Mezena (na parte de trás - popa). Para todos eles, existem centenas de metros de cabos, cabrestantes (guinchos) de levantamento das velas e pontos de amarração e direcionamento dos cabos. No convés existem acessos a diversos compartimentos internos como cozinha, banheiros, sala de máquinas e sala de comando. |
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Sistema de
velas e máquinas do Sagres
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Foto do convés
à maia nau tirada do
castelo de popa para a proa |
Foto do convés
ámaia nau tirada da proa
para o castelo de popa |
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Escotilhas
para a sala de máquinas
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Cabine de
comando (equipamentos modernos)
no início do castelo de popa |
Mastro Traquete
e Grande com a gávea (ponto de observação)
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Em vários
pontos à meia nau e na popa existem turcos guarnecidos com os escaleres
da embarcação prontos para o lançamento.
Podem ser vistos no naufrágio do Itapagé (Alagoas) |
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Canhão
de sinalização da embarcação, utilizado no
passado para saudação e comunicação entre
embarcações ou com a costa (tampa do canhão com o brasão do Sagres) |
O belo sino
do Sagres com a data de sua
incorporação a Marinha de Portugal |
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Cabos
e velas Em qualquer veleiro predominam os sistemas de cabos que manipulam as pesadas velas, são milhares de metros de cabos diversos com espessuras diferentes, utilizados em sistemas independentes ou conjuntos, em condições diferentes e que precisam responder prontamente para o ajuste das embarcações as condições do mar e tempo. Por isso sempre foi dado nos veleiros muita atenção a sua organização. Nos naufrágios de veleiros como Maraldi (Salvador) e Buenos Aires (Rio de Janeiro) é comum encontrarmos uma infinidade de pequenas peças, que em um primeiro contato não parecem fazer parte do contexto do navio e muitas vezes são confundidas com parte da carga, mas o treino dos olhos pode revelar a real função de todos esses mecanismos e tornar o monte de ferros do fundo um conjunto lógico e ainda mais fantástico. |
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Galera
armada com três
mastros Traquete, Grande e Mezena.
As armações horizontais são chamadas de forma geral de vergas. |
Vista da gávea do
mastro Grande com susas diversas |
O cabrestante
que tracionava os cabos que sobem as
pesadas velas estão dispostos pelo convés de todo o navio Pode ser visto no naufrágio do Chuck (Rio de Janeiro) |
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As malaguetas
(neste navio peças em bronze) permitem fixar e soltar os cabos
rapidamente e estão presentes em traves de madeira, tanto nos bordos
como em torno dos mastros, dependendo de função dos cabos
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São
comuns passadores de cabos no convés, com ou sem moitões
e roldanas, que direcionam os cabos ao ponto certo
e também reforços em bronze para deslizar os cabos em arestas da estrutura evitando que ocorra seu desgaste precoce |
Alguns carreteis
(sarrilhos) acondicionam cabos mais longos
evitando que embolem durante o uso. Pode ser visto no naufrágio do Beberibe (Ilha da Trindade) |
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Comando e navegação |
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Sistema de
comando principal no centro da embarcação, junto ao mastro
Grande. São três timões acoplados e
fixados por um sistema de freio (não há giro livre),duas bitáculas de bússola principais, duas bússolas de alinhamento (são posicionados sobre elas um visor para marcar com precisão pontos notáveis). Existe ainda um telégrafo de máquina mecânico (tradicional) e um eletrônico |
Estão
presos a chaminé do Sagues a placa do estaleiro
construtor do navio,com a data de fabricação e um clinômetro, que mede a inclinação da embarcação |
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Bitácula
de bússola com as esferas de ferro (pretas),
que permitem regular e corrigir os desvios magnéticos |
Bússolas
de visadas nos dois bordos da embarcação. A direita uma
marinheiro do H34 Graça Aranha,
durante a faina de ancoragem na ilha da Trindade, utilizando essa bússola para ler com precisão as marcas em terra |
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Telégrafo
de máquinas tradicional, comunicava-se
por cabos com a sala de máquinas |
Na frente
do castelo de popa está a sala de navegação
com equipamentos modernos |
Na popa, há
um segundo leme de comando
ligado diretamente as máquinas do leme |
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A
Popa Na popa em leque, se destacam a bela placa com o nome da embarcação e a casa do leme, onde está o mecanismo alternativo de comando do leme e uma âncora reserva desmontada. A partir do mastro de Mezena são três suportes de vela diagonias Mezena baixa, média e alta. Existem também um sistema de comando por timão e um cabrestante para elevação das velas. |
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O piso do convés é impecável e existem muitas peças em bronze por todo o veleiro, inclusive cabeços de amarração. Nos bordos estão presentes os equipamentos para amarração ao cais como as buzinas abertas (esquerda) e fechadas (direita), pintadas de preto |
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A popa do
Sagres mostrando suas linhas elegantes e o casco formado por placas soldadas
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Dentro da
casa do leme está o mecanismo alternativo de comando, ligado a
cana do leme, diretamente abaixo como o encontrado no Santa
Catharina (Abrolhos).
No mesmo espaço está guardada uma âncora reserva desmontada (na foto amarrada com o cabo amarelo) |
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Em
muitos dos navios históricos, principalmente em visita a portos
estrangeiros não se aceitam visitantes com mochilas, mas nem sempre
existe onde guardá-las. |
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Mais
informações sobre NRP Sagres www.marinha.pt www.sagres.marinha.pt |
Consulte nosso
guia de estruturas de vapores e conheça mais sobre sua construção
e características, caso deseje identificar as peças pelo
visual utilize o esquema na página de Navios à vapor.
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