...NAUFRÁGIO
do TAURUS
|
Histórico O Taurus, da empresa Wilson, sons, era um pequeno rebocador, mas com grande capacidade de manobra principalmente em portos apertados, devido ao seu sistema de hélice giratório dentro de ducto. Atuou em portos como Suape e Recife, PE. onde em 2003, durante uma manobra na boca da barra naufragou, permaneceu assim por alguns dias. Uma operação de resgate trouxe o rebocador de novo a superfície. Após o Naufrágio, devido aos estragos e ao longo tempo de uso, o rebocador foi descomissionado, encostado no porto de Recife onde foi desequipado e finalmente doado ao projeto de recifes artificiais. |
Desenho do Taurus segundo as plantas |
|
|
Preparação
O naufrágio do Taurus, assim como o Saveiros e o Mercurius estão ligados ao projeto de formação do Parque de Naufrágios Artificiais no litoral de Recife, PE. Os afundamentos foram uma realização da AEMPE - Associação das Empresas de Mergulho do Estado de Pernambuco e contou com a participação das universidades UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) UPE (Universidade de Pernambuco) e UFC (Universidade Federal do Ceará), que estão fazendo o acompanhamento do processo de colonização, ocupação biológica e impacto ambiental. |
Durante
a preparação no pier da Wilson,Sons em
Recife, em seqüência Mercurius, Saveiros e Taurus |
A
empresa Wilson, sons, através de seu representante Sr. Helio Vaisman,
doou três rebocadores, Taurus, Saveiros
e Mercurius à AEMPE; arcando também com os custos de preparação,
limpeza e logística de reboque das embarcações até
os pontos determinados para o afundamento. Cabe lembrar, que a mesma empresa já havia doado quatro outros rebocadores que também foram afundados em frente ao Recife, são eles; Lupus, Minuano, Servemar X. Após cinco meses de apreciação do projeto pelo IBAMA, Marinha do Brasil e CPRH, foram concedidas as autorizações necessárias e no dia 03 de maio de 2006 as três embarcações foram afundadas ao largo do litoral em frente a Recife. |
|
Durante
as etapas de preparação estive nos rebocadores, onde o amigo
José Mário
atenciosamente me explicou os trabalhos de limpeza e preparação |
Vista de popa do casario, mostrando a abertura da sala de máquinas |
Vista da cabine de comando |
A popa foi desobistruída e se abriu o compartimento do volante do leme |
|
Afundamento Os três rebocadores foram levados a reboque até as posições predeterminadas e fixados ao fundo por poitas de concreto. Abertas as válvulas, à água rapidamente encheu os porões e o mar atingiu as aberturas feitas no casco, os rebocadores afundaram rapidamente. O Saveiros e o Taurus foram imediatamente abertos a visitação dos mergulhadores. Já o Mercurius, idêntico ao Saveiros, permanecerá durante um ano, com a visitação restrita a pesquisadores devidamente autorizados. Esse processo permitirá uma boa comparação do impacto ambiental provocado por mergulhadores; já que são navios iguais, com a mesma data de afundamento, mesma profundidade, distantes apenas em uma milha. |
Abertas as válvulas o Taurus afundou lentamente pela proa. |
Descrição O Taurus encontra-se apoiado sobre a quilha adernada para bombordo cerca de 25º. Ele está em ótimas condições, até 2007 e a primeira coisa que impressionava neste naufrágio era a incrível quantidade de algas que recobriam os destroços. Mas a partir daí, elas desapareceram. A proa típica de rebocador possui um cabo de aço e uma corrente pendendo do escovém de bombordo. O cabo e a corrente espalham-se no fundo sem estarem ligados a outras estruturas. Na proa existem três cabeços de amarração e uma escotilha que liga ao porão de proa, com acesso também pela cabine de proa. |
|
Convés de proa |
Casco ligeiramente adernado |
|
A cabine de proa possui
uma porta em cada bordo que dão acesso a cabine de proa. Deste compartimento
podemos seguir tanto para o compartimento de máquinas como, subindo
para a cabine de comando. A cabine de comando está totalmente aberta, com uma porta por cada lado e uma abertura que desce a cabine de comando. Atrás da cabine está a estrutura da chaminé, mas totalmente vazia liga-se com a sala de máquinas através de um grande espaço. No final da cabine duas vigias de cada lado e uma pequena porta de serviço à casa de máquinas. Na popa foram retirados o gato de reboque e toda a cobertura da sala de máquinas, estando esta totalmente desobstruída. Ainda na linha d'água existem duas aberturas no casco, uma em cada bordo, que permitem a passagem de um mergulhador. A popa está totalmente limpa, foram deixadas apenas três cabeços de amarração uma escotilha de acesso ao porão. No espelho de popa foi aberta uma passagem para a sala do volante do leme. O Hélice em ducto foi deixado no lugar e está virado para bombordo. |
A abertura da sala de máquinas até o alto da chaminé |
A passagem para a cabine de comando foi deixada livre, para o bom acesso dos mergulhadores |
|
A fauna já é muito variada no navio |
Na porão as válvulas de fundo |
Vista da popa |
Uma das características que chamou a atenção no Taurus foi a maciça cobertura de algas do primeiro ano. Em outubro de 2007 a cobertura já não existia |
O Hélice dentro do ducto que permite a mudança rápida de direção dos rebocadores |
A partir de 16.02.2017 o Tauros está posicionado a cerca de 9 metros do naufrágio do Virgo, outro rebocador afundado no programa de recifes artificiais de Recife. |
|
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |
Nossos
agradecimentos aos colaboradores da matéria
|