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HMS
Belfast
The Queen's Walk - Londres, Inglaterra |
The
Queen's Walk - Margem do Tamisa - Londres O
museu
HMS Belfast é uma atração imperdível da
capital inglesa. O navio está ancorado na margem direita do rio
Tamisa, região é conhecida como The Queen's Walk, entre
a London Bridge e a Tower Bridge. Ele é um autêntico representante
dos navios de guerra do período entre a 2ª Guerra Mundial
e a Guerra da Coreia.
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Vista da Tower Bridge e do HMS Belfast a partir do terraço do Sky Garden, outra atração de Londres |
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O
Navio |
Casco com 186,9 metros - 10.500 toneladas e 4 torres (2 proa e 2 popa) de canhões de 6 polegadas |
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Duas
baterias de canhões na proa à frente da ponte de comando.
Atrás do casario estavam os tubos lança torpedos, posteriormente removidos |
Duas
baterias de canhões na popa. Entre as chaminés ficava a
catapulta de lançamento dos aviões.
Mas com a melhora dos radares, foram removidas do navio ainda durante a 2ª guerra |
O bico de proa do Belfast, mostrando o escovém e as correntes da âncora. As 10.000 toneladas do Belfast são divididas por 9 decks e todos podem ser visitados |
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Na popa em cunha, estavam quatro hélices impulsionados por três máquinas e turbinas. As salas de caldeiras e de máquinas estão abertas a visitação |
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A
âncora reserva do tipo Halkins
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As
enormes
âncoras eram puxadas por guinchos
localizados no convés principal e na primeira coberta |
As
correntes originais ainda fixam o Belfast a duas
grandes estacas presas ao fundo do rio Tamisa |
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Na
praça de popa estão o sino de prata presenteado ao navio
pela população da cidade de Belfast. O farol de comunicação
passava sinais luminosos em código Morse
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O
Armamento Seu armamento no lançamento ao mar era composto por 12 canhões Mk XXIII de 6 polegadas instalados em 4 torres triplas, com uma taxa de disparo de até 8 tiros por arma por minuto. Doze canhões de 10 cm em 6 montagens duplas, posicionados nos bordos do casario. A defesa antiaérea era formada por 16 canhões de 2 quilos em montagens de 8 canos e 2 metralhadoras Vickers .50. Essas armas eram suficientes para tornar o Belfast capaz de produzir sua própria defesa aérea. O cruzador ainda contava com 6 tubos de torpedo Mk IV de 21 polegadas em duas montagens triplas e dois lançadores de cargas de profundidade Mk VII na popa, removidos posteriormente. Ao longo de sua história, o navio sofreu diversas reformas e modernizações que alteraram o calibre e tipo das armas. A blindagem principal era de 114 mm, o que permitia suportar impactos diretos de projéteis de até 203 mm. Era equipado com dois hidroaviões Supermarine Walrus lançados por uma catapulta localizada atrás da chaminé dianteira, a função principal era expandir a patrulha a área em torno de toda rota de navegação. |
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Proa
vista da sala de comando, alguns dos canhões
foram substituídos durante as sucessivas reformas |
Interior
de uma das baterias de canhões da proa, a frente da peça
vermelha
está a culatra do canhão central e ao lado os abastecedores |
Duas
baterias na proa - 3 canhões de 6 polegadas que
podiam atirar até oito vezes por minuto |
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Baterias
de proa e popa podiam manter uma cadência de tiro
suficiente para manter uma barreira de fogo |
Ponte
de comando
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Sala
de controle de tiro das baterias de proa.
Mesas de cálculo, controles de direção, altura e disparadores |
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Ao
longo dos bordos diversas armas de menor calibre (Vickers .50)
mantinham a proteção da embarcação contra ataques aéreos |
O
interior do Belfast é um verdadeiro labirinto, com
alojamentos, cozinhas, enfermaria e paiós de suprimentos |
Os
diversos compartimentos e níveis de decks
eram isolados por portas estanques |
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O
Serviço O Belfast iniciou suas operações a partir do porto de Scapa Flow, nas Ilhas Orcades na Escócia, participando inicialmente da operação de bloqueio ao comércio marítimo alemão, interceptando cargueiros que tentavam escapar para o Atlântico. Com a invasão da Alemanha à Polônia em 3 de setembro e sucessiva declaração de guerra da Grã-Bretanha e da França ao estado nazista, o Belfast recebeu a mensagem "INICIAR IMEDIATAMENTE HOSTILIDADES CONTRA A ALEMANHA", partindo de Scapa Flow logo depois em uma força tarefa com mais 7 navios. Entre 13 a 14 de outubro 1939 estava ancorado em Scapa Flow, quando o encouraçado Royal Oak foi torpedeado pelo submarino alemão U-47, que havia se infiltrado no porto, em uma das mais famosas e ousadas ações da guerra. Em novembro 1939, atingiu uma mina magnética que quebrou a quilha e destruiu uma de suas salas de máquinas e caldeiras, provocando a morte de um tripulante. Foi rebocado a Grã Bretanha para reparos. Durante o primeiro semestre de 1940 o casco e quilha foram reconstruídos, seu armamento foi atualizado com dezoito canhões Oerlikon de 20 mm. Recebeu novos radares de controle aéreo e de tiro, o que dispensava as aeronaves de patrulha de complexa operação, as catapultas foram posteriormente removidas. Em novembro de 1942 voltou ao trabalho ativo. Participou da perigosa tarefa de escoltar comboios pelo Ártico para a União Soviética e participou de alguns combates contra a frota alemã do norte, inclusive o encouraçado Tirpitz, irmão gêmeo do Bismarck e o último captânia sobrevivente da marinha alemã depois da 2ª guerra. |
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Setores de desembarque no dia D. O Belfast atacou as posições alemães de canhões pesados em Ver-sur-Mer |
Museu em Juno Beach, setor que ficou a cargo dos britânicos e canadenses e que recebeu apoio da artilharia do Belfast |
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Com
o final da guerra na Europa o navio passou, por reformas e atualização
dos armamentos, principalmente o reforço na defesa antiaérea,
para se preparar para atuar contra o Japão no cenário do Pacífico,
onde era esperado o ataque de aeronaves japonesas kamikazes. Partiu para
oriente em abril de 1945. Com o fim da guerra contra o Japão em agosto de 1945, o Belfast permaneceu no extremo oriente, realizando vários cruzeiros para portos no Japão, China e Malásia até navegar de volta a Portsmouth em agosto de 1947. Após a guerra integrou como captânia o 5º Esquadrão de cruzadores da frota do extremo oriente que se encontrava instável pelo avanço dos exércitos comunistas. Em 25 de junho de 1950, enquanto Belfast visitava o Japão, as forças norte-coreanas cruzaram o paralelo 38º, o que marca o início da Guerra da Coreia. A partir daí, o Belfast passou a fazer parte das forças navais das Nações Unidas. Em março de 1951 disparou uma salva contra as concentrações de tropas inimigas na costa oeste da Península Coreana, apoiando tropas que lutavam em torno de Yongdok. Entre 1951 e 1952 participou de inúmeras patrulhas e bombardeiros sendo atingido por um projétil de 75 mm, o que causou a morte de um marinheiro. Em setembro de 1952, foi substituído por outros dois cruzadores da mesma classe e retornou ao Reino Unido. Em 1955 foi tomada a decisão de modernizar Belfast. O trabalho incluiu fornecimento de novos canhões MK 5 de 40 mm e os de 4 polegadas, melhoras na proteção do navio contra ataques nucleares, biológicos ou químicos, além de novas acomodações, sistemas de radar e comunicação. Em dezembro de 1959 o Belfast chegou a Cingapura onde participou de exercícios entre os portos de Hong Kong, Bornéu, Índia, Ceilão (Sri Lanka), Austrália, Filipinas e Japão, partindo de volta à Inglaterra em dezembro de 1961. Finalmente em dezembro de 1963, com estrutura já obsoleta foi passado a reserva. |
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Por
todo o navio cenários da vida a bordo ilustram
como era a rotina no Belfast |
Se
a comida cenográfica não tem uma cara muito boa |
O
centro médico possuía várias mesas cirúrgicas,
além
de muitos leitos de enfermaria |
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Sala
de máquinas O cruzador Belfast, apesar de suas mais de 10.000 toneladas, precisava ser uma embarcação rápida, para permitir uma pronta resposta em comboios, manobras de ataque e patrulhas. Por isso, foram instaladas quatro caldeiras flamotubulares a óleo Admiralty, abastecidas por 2.400 toneladas de óleo combustível transportadas a bordo. O vapor era fornecido a máquinas de três cilindros e turbinas Parsons gerando 80.000 shp. O sistema impulsionava quatro hélices, permitindo a velocidade de cruzeiro de 13 nós com um alcance de mais de 8.600 milhas náuticas. Em picos de velocidade podia atingir 32 nós (59 km /h). |
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Diversos
andares da sala de caldeiras e máquinas
com suas passarelas apertadas |
O
número de canos, ductos, válvulas e mecanismos é
enorme
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O
telégrafo de máquinas passava e recebia as ordens do comando
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Manômetros
por todos os lados controlavam a pressão do
vapor nas caldeiras, máquinas e turbinas |
Vista
frontal de uma das 4 caldeiras a óleo do navio
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Interior
de uma das fornalhas da caldeira, mostrando embaixo
e a esquerda a tubulação por onde o vapor quente circulava |
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Vista frontal
de um das máquinas
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Vista
de uma das turbinas cuidadosamente aberta para
permitir a visualização do sistema interno |
O
enorme sistema de transmissão das máquinas para os eixos,
que seguem em direção a popa através do mancal vermelho |
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Em
1968 o Museu Imperial da Guerra, o Museu Marítimo Nacional e o
Ministério da Defesa estabeleceram um comitê conjunto, para
verificar a possibilidade de preservar todo o navio. No entanto, no início
de 1971, o governo decidiu contra a preservação e ordenou
o desmanche da embarcação.
Um fundo privado (Belfast Trust) foi formado para fazer campanha pela preservação do navio. Após a recuperação do movimento o governo inglês decidiu entregar o Belfast aos curadores em julho de 1971. Ele foi rebocado de Portsmouth para Londres, onde foi montado como museu. Em 15 de outubro de 1971 o Belfast foi rebocado para seu local definitivo na margem do rio Tamisa, acima da Tower Bridge. |
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No
Brasil |
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nosso guia de estruturas de vapores e conheça mais sobre sua construção
e características, caso deseje identificar as peças pelo visual
utilize o esquema na página de Navios à vapor. |