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Histórico |
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O
Naufrágio No dia 15 de outubro de 1874 o paquete saiu do porto do Rio de Janeiro às 15:30 h, seguindo para a Europa, com uma carga de café. Estavam previstas diversas escalas na costa brasileira e chegada seria no porto de Havre na França. Naquela tarde, o tempo estava muito escuro e chuvoso, o mar encarpelado dificultava a navegação. Além disso, as nuvens baixas impediam uma boa visualização. No seu caminho estava o arquipélago das Ilhas Maricá. Essas ilhas de baixo perfil estão do lado norte da saída da Baía de Guanabara e hoje em frente à cidade de Niterói (praia de Barra de Maricá). |
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Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO | ||
Segundo
o capitão, a visibilidade era muito ruim e o tempo instável,
com muitas descargas elétricas, atrapalhavaram o funcionamento da
bússola. Às 19:30 h o vapor da bateu contra o centro da enseada da Ilha Maricá. O grande rombo aberto abaixo da linha de navegação permitiu a rápida entrada da água e alguns minutos depois ela já cobria todo o convés, sendo dada a ordem de abandonar o navio em direção a pequena praia que fica no exato local onde a proa do navio se posicionou. Diversos pescadores acodiram os 39 tripulantes e nove passageiros. Os rebocadores Pacífico e Gamo dirigiram-se ao local, porém mais nada puderam fazer e regressaram ao Rio de Janeiro com os náufragos. |
Local do naufrágio do Moreno (posição da proa) (Interior da enseada da Ilha de Maricá) |
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Destroços Os destroços do Moreno estão paralelos ao costão da enseada. A proa, próximo à praia, está bastante destruída, mas ainda existe um aglomerado de correntes, um guincho e alguns cabeços de amarração. Continua-se para o meio do navio utilizando o costado de boreste, ainda com parte do cavername e casco visíveis, que seguem quase paralelamente ao costão até praticamente à popa. A profundidade aumenta aos poucos e poucas peças existem, nessa área de porão, até a região das caldeiras no meio da embarcação. Junto a areia, entre a proa e meia nau, está o primeiro mastro, perpendicularmente aos destroços e ainda existe parte da fiação. A meia nau existem duas caldeiras Scotch, uma delas encostada à boreste e a outra, está praticamente enterrada por tijolos refratários e outros detritos. Ao lado das caldeiras existe um grande cilindro oco, que tratar-se da câmara de condensação do vapor. Junto a areia está a caldeira de serviço, ela não é cilíndrica, mas podem ser vistas facilmente as clássicas fornalha e o trocador de calor. |
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Junto
à praia da ilha está o amontoado de correntes
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Ainda
na proa pode ser visualizado o guincho da âncora
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O
casco de boreste ainda mantem a formação com as cavernas
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Entre
o costão e o casco de boreste
formam-se várias passagens sombreadas |
Caldeira
de bombordo mostrando as fornalhas
e os trocadores de calor |
Parte
de trás da caldeira (Flamotubular)
de boreste
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Caldeira
de serviço com formato "quadrado" caída na diagonal
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Ao
lado das caldeiras, o condensador de vapor forma um túnel até
a areia
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Logo atrás
das caldeiras encontram-se caídas para bombordo as máquinas
do tipo Duble Expansion Engine, onde são facilmente vistos
os pistões, cilindros e bielas, além das câmaras de
expansão. Em 2005 localizamos junto ao fundo uma caldeira quadrada,
que era a caldeira auxiliar, das raras encontradas nos naufrágios
do mundo. Seguindo-se pelo eixo em seções, ainda unidas por flanges, se atinge a popa que ainda mantém sua forma afilada. A popa, seção mais inteira dos destroços, se ergue mostrando ainda as vigas do cavername e a ligação do casco com o leme, o volante do leme se destaca do conjunto inclinado para a superfície. O hélice do Moreno, difícil de ser identificado, é uma raridade em termos de construção naval, pois é um dos modelos mais antigos, de pás retas. Um hélice semelhante pode ser visto, totalmente descoberto, no naufrágio do Queimado em João Pessoa PB. Ele está em seu local tradicional, mais parcialmente enterrado, são visíveis duas pás, uma emergindo da areia e outra entre o casco e o leme. Todo o costado de bombordo está deitado no fundo e praticamente coberto pela areia. |
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Os
dois cilindros da máquina a vapor
Compound Engine - Duble Expansion |
O
longo eixo, ainda na posição, que liga as máquinas
ao hélice
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A
cana do leme indica o posicionamento da popa
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A popa é
a parte mais inteira do moreno e o volante
do leme projeta-se em direção a superfície |
O
hélice de pás retas está praticamente enterrado
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Abrigado na enseada da maior das Ilhas Maricá, o Moreno encontra-se caído de lado paralelamente ao costão e a pouca profundidade garante um mergulho longo e agradável. |
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |