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Na
prática do mergulho em naufrágios, a orientação
espacial do mergulhador é de fundamental importância para
que este não se desoriente ou se perca de importantes pontos de
referência durante a navegação, quer esteja explorando
o naufrágio em seu interior ou exterior. É comum encontrarmos
um naufrágio posicionado de lado ou virado para baixo, o que dificulta
consideravelmente a orientação espacial do mergulhador.
Entende-se por orientação espacial, a capacidade que o indivíduo tem de situar-se e orientar-se em relação aos objetos, as pessoas e o seu próprio corpo em um determinado espaço. É saber localizar o que está à direita ou à esquerda; à frente ou atrás; acima ou abaixo de si, ou ainda, um objeto em relação a outro (ASSUNÇÃO JOSÉ E COELHO, 1995). |
Desde o
nascimento, o ser humano começa a se relacionar com o espaço
em função de estímulos exteroceptivos, que são
advindos do meio onde está inserido. O crescimento físico
e o desenvolvimento maturacional e a necessidade de se locomover, passa
a dimensionar algumas noções de espaço. Como a maturidade
cerebral é associada ao desenvolvimento corporal, os movimentos
vão se tornando mais coordenados e precisos, determinando uma evolução
da noção espacial (NEGRINE, 1986). |
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As noções
espaciais já vivenciadas pelo corpo, tais como: esquerda; direita;
acima; abaixo; próximo; distante, logo terão significado,
possibilitando a interação com o meio. A partir deste processo,
nasce a atividade mental, o raciocínio lógico, auxiliando
o mergulhador na resolução de possíveis problemas
associados à desorientação subaquática em
naufrágios.
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A análise
prévia de plantas dos compartimentos internos do naufrágio,
no caso de um mergulho com penetração, é primordial
para possibilitar uma orientação espacial mais eficaz. Desta
forma, problemas de desorientação poderão ser evitados,
assim como, acidentes (enrosco, ar insuficiente) que possam levar o mergulhador
ao óbito. Copie o
quadro abaixo em uma folha de papel e assinale os números na ordem
crescente, do menor para o maior (01 a 48). Durante o processo de sequenciamento
numérico, aqueles números que faltarem no quadro deverão
ser preenchidos aleatoriamente nos espaços em branco, afim de que
no final do exercício todos retângulos estejam assinalados.
O exercício deverá ser realizado em menor tempo possível. |
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Outro
exercício eficaz para o desenvolvimento da orientação
espacial é a prática da corrida, simulando perda de visibilidade
através do uso de venda nos olhos. Com o auxílio de um profissional
de Educação Física para o desenvolvimento deste exercício,
o primeiro passo é o reconhecimento do espaço. É
fundamental conhecer as dimensões (largura e comprimento) do local,
percebendo os obstáculos, se houverem, e reconhecendo referências
que possam auxiliar na orientação espacial (sons, cheiros,
vibrações). Assim é possível criar o mapa
mental do ambiente, diminuindo o medo do imprevisto. Para correr, o indivíduo
deverá estar acompanhado deste profissional ou de um guia supervisionado
por ele, que irá orientá-lo em seu deslocamento durante
a corrida. O guia deverá correr ao lado do "aluno" e
ligado a este por uma corda entre as mãos, ou entre mão
e braço ou ainda, segurando em sua camisa. Nunca poderá
puxar, empurrar ou lançar o indivíduo à frente, pois
estas ações prejudicam o seu desenvolvimento motor, exceto
quando tais ações são caracterizadas por um comando
que traga proteção a ele. O guia também poderá
correr ao lado da pessoa, dando informações verbais, além
de tátil.
Na construção do método pedagógico são utilizadas informações táteis diretas e indiretas (OLIVEIRA FILHO E ALMEIDA, 2001). Como exemplo, o exercício citado a seguir poderá ser desenvolvido baseando-se nestas informações. Preparar um "corredor" com cabos elásticos paralelos, com aproximadamente 20 metros de comprimento. Quando o indivíduo se locomover através do corredor, sem visibilidade, ele irá perceber que deverá reorientar sua direção ao tocar nos cabos elásticos. Estes cabos deverão estar na altura do quadril do indivíduo, protegendo-o para que este não saia do espaço previsto. No início, esta estratégia deverá estimular uma corrida segura sendo basicamente uma informação tátil direta e, após a assimilação do exercício, o estímulo passa a acontecer essencialmente através de informação tátil indireta. Uma variação para este exercício é a utilização de um cabo transversal amarrado aos cabos paralelos, funcionando como freio. O indivíduo ao esbarrar neste cabo deverá parar, uma vez que o mesmo estará no final do percurso, indicando seu término. Bons exercícios e excelentes mergulhos ! |
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*Resposta do exercício
de sequenciamento numérico: Os números a serem preenchidos nos espaços em branco podem ser distribuídos aleatoriamente e são os seguintes: (05; 10; 14; 19; 25; 28; 34; 37; 41; 45 e 48) |
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Referências bibliográficas: ASSUNÇÃO
JOSÉ, Elisabete da; COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem.
6ª edição. São Paulo: Ática, 1995. |
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Rodrigo
Nuno Peiró Correia Contato pelo e-mail: [email protected] Blog: http://rodrigonpcorreia.blogspot.com |