Sala
de Caldeiras |
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Caldeiras |
Histórico |
Caldeira aquatubular ![]() Passeie com o mouse sobre a figura e conheça as peças de uma caldeira, com três fornalhas. Acima delas, pode ser visto o trocador de calor. |
Até
1880 as caldeiras eram fabricadas com ferro. A partir daí, o aço
começou a ser utilizado e permitiu o aparecimento de caldeiras de alta
pressão, impulsionando o maquinário muito mais eficiente. No início do século XIX as caldeiras eram praticamente quadradas (tipo Caixa), pois seu formato permitia que elas fossem acomodadas com mais facilidade no interior dos cascos. Porém seu formato impedia um aumento de pressão de trabalho. Caldeiras como essas, podem ser vistas no naufrágio do Queimado;1873 - João Pessoa, PB., porém elas são raras em naufrágios. |
A
partir de 1862, começam a aparecer as caldeiras conhecidas como "Caldeiras
Scotch". São peças cilíndricas, dotadas de dois,
três ou quatro fornalhas. São também conhecidas como "Caldeiras
aquatubulares". Essas caldeiras, foram montadas na maioria dos navios, em séries de acordo com o número necessário a sua propulsão. De uma única caldeira, como é visto no Califórnia, Ilha Grande RJ. ao colosso dos mares, como o Titanic e o Britanic que utilizavam 16 caldeiras de 4 fornalhas. | Sala
de caldeiras ![]() Passeie com o mouse sobre a figura e conheça o conjunto de caldeiras com coletor único, ao fundo a chaminé. |
A fumaça liberada por um conjunto de caldeiras era coletada por uma única estrutura comum (coletor) que a direcionava até a chaminé, como visto na ilustração. | |
Funcionamento |
O processo inicia-se pela alimentação das fornalhas com o carvão mineral. Esse carvão é lançado por aberturas chamadas de fornalhas que podem ser fechadas por uma tampa. |
Alojado
sobre uma tela dentro da fornalha, a medida que o carvão queima, suas cinzas
caem e são depositadas em um compartimento na parte inferior da caldeira,
de onde podem ser recolhido por outra abertura.
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Esquema
de funcionamento ![]() |
![]() Posicionamento da caldeira no interio do casco | A
queima da caldeira não é controlada somente pela quantidade de carvão,
mas também pela admissão de oxigênio, feita por diversas tampas
que abrem e fecham o compartimento da fornalha. Quando fechadas, elas cortam a
combustão, por isso, em seu conjunto são chamadas de abafadores. O vapor após passar pelas máquinas condensava, sendo bombeado novamente para o interior das caldeiras. A partir de meados do século XX, as caldeiras deram lugar aos motores de explosão à diesel, ou turbinas, culminando com a propulsão nuclear. |
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Dicas de mergulho |
As
caldeiras, tanto de ferro como de aço, são estruturas muito resistentes
à corrosão, por isso são geralmente encontradas nos naufrágios,
desta forma podemos utilizá-las pra obter muitas informações.![]() | ![]() Sinal manual para Caldeiras |
![]() Caldeiras do Buenos Aires, 1890 Rio de Janeiro | ![]() Quando a caldeira já está destruída, encontramos parte da couraça e a tubulação do trocador de calor caído no fundo. Veja o naufrágio do Salvador, Jauá, BA. |
![]() |
![]() |
Ao
redor das caldeiras, pode ser encontrada grande quantidade de carvão, que
normalmente ficavam alojados em carvoarias em suas laterais e um bom número
de tijolos refratários, que faziam parte do isolamento da sala. |
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Consulte
nosso guia de estruturas de vapores e conheça mais sobre sua construção
e características, caso deseje identificar as peças pelo visual
utilize o esquema na página de Navios à vapor. |
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