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Texto
e Informações: Carlos Bruno, Daniel Degan e Maurício Carvalho Fotos: Aleandro Freitas |
Histórico |
Hathor, encalhado no Saco do Padre | |
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Local do Naufrágio | Por
três dias, o vapor permaneceu preso pela proa, batido pelo forte mar,
sem que nenhum auxílio fosse prestado ou que os 22 tripulantes pudessem
desembarcar. Já certos do naufrágio, dois tripulantes arriscaram-se
sobre as pedras passando uma tirolesa (cabo esticado inclinado) entre a
proa do navio e a costa, por onde desembarcaram os apreensivos marinheiros.
Mas aflição não parou por aí, na costa inabitada da Ilhabela, os náufragos continuavam isolados. Pescadores que passavam pelo local, fugindo da tempestade aproximaram-se do navio sinistrado; dois tripulantes lançaram-se ao mar agitado, sendo recolhidos e levados a São Sebastião onde conseguiram socorro para o grupo. |
Nos dias que se seguiram o Lloyd's, segurador do navio, enviou uma equipe ao local a fim de examinar as reais condições do navio. Diversas tentativas de desencalhe foram feita e mostraram-se infrutíferas. Nas semanas seguintes, foi retirada a carga ainda não perdida e toda a equipagem possível. Dado como perdido o Hathor engordava o cemitério de navios da Ilhabela. |
Descrição |
O naufrágio
está paralelo ao costão com a proa voltada para sul. Aos seis
metros, visualizamos uma âncora Hawkins,
um aglomerado de correntes e um escovém. Logo abaixo, espalhado pelo
fundo, turcos, dois cabeços-de-amarração
e fragmentos do casco de bombordo e estibordo, sendo que a estibordo os
cavernames estão expostos. Aos doze metros, parcialmente apoiado sobre uma grande pedra, a belíssima máquina a vapor tipo Triple Expansion Engine e outras peças do maquinário como pistões, bielas e cilindros. |
A grande âncora Hawkins |
Parte do guincho de proa |
Parte do eixo excêntrico |
Aos dezesseis metros,
uma caldeira integra aquatubulare com 3,5 metros de altura e a outra quebrada
com trocadores de calor expostos. Nessa mesma profundidade, muito próxima
as grandes caldeiras, partes de uma caldeira auxiliar parcialmente soterrada. |
Daniel nos trabalhos de medição da caldeira |
Interior da caldeira partida, com vista dos orifícios do trocador de calor |
Carlos Bruno, Maurício Carvalho e Daniel Degan |
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Fotos
Sérgio Gurgel
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Interior das Caldeiras com os trocadores de calor |
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Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |