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Histórico
OBS: N/M (Navio a motor) |
Foto do Castor e ilustração do Castor a partir das plantas originais |
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Naufrágio | ||
Navegou
até o través dos Abrolhos e a partir desse ponto rumou para
Salvador. Às 17:00 horas o radar parou de funcionar e a navegação
começou a ser feita apenas pela bússola. Às 22:40 horas
o navio passou no través da Ponta de Cumuruxatiba, sul da Bahia.
Soprava um forte vento de sudoeste e o mar estava agitado, a visibilidade
era precária, o radar estava inoperante e o ecobatímetro desligado.
Às 3:00 horas da madrugada o N/M CASTOR navegava sob comando do piloto
Benedito da Silva, quando encalhou no banco de areia em frente a Coroa Vermelha
em Santa Cruz de Cabrália, As várias tentativas de desencalhe foram infrutíferas. Com o amanhecer o comandante pôde verificar sua localização e concluir que haviam encalhado a 2 milhas da praia da Coroa Vermelha, O comandante do Castor não solicitou socorro de outras embarcações, apenas, por rádio, através da estação costeira de Salvador, requisitou reboque à empresa armadora. A carga não foi lançada ao mar, já que o casco encontrava-se fortemente apoiado nas pedras. Transcorridos treze dias do encalhe, o navio permanecia encalhado entre as pedras. Com movimentação das ondas e as tentativas de desencalhe, o casco se rompeu e a água começou a inundar os porões. As máquinas se tornaram inoperantes, bombas já não davam conta da água que entrava no Castor, e o salvamento do navio encalhado tornou-se difícil. Na noite do dia 15 de setembro, a situação a bordo tornou-se insustentável. O comandante reuniu a tripulação e foi decidido o abandono do navio. No dia 9 de outubro, a companhia providenciou a recuperação da carga, que não havia sido afetada. A movimentação da carga provocou o adernamento do navio para bombordo. Finalmente no dia 18 de outubro de 1984, por volta das 6:00 horas da manhã o N/M Castor acabou de naufragar, permaneceu apoiado sobre o fundo raso, com seus mastros e casario marcando o local do sinistro. No navio restaram apenas cerca de 600 toneladas de tubos de aço. |
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O Castor dois anos após o naufrágio, os mastros de proa e a chaminé ainda eram visíveis na superfície |
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É
interessante notar, de de alguns anos para cá (2010), ele têm
sido chamado na região de "Castor de Andrade", não
sabemos ao certo por que razão, porém podemos garantir que
o nome do navio é apenas Castor.
O fato ilustra bem a importância do levantamento histórico de nossos naufrágios, pois como já ocorreu com outros navios como o Rosalina (Rosalinda), a medida que o tempo passa o popular modifica inclusive o nome da embarcação. |
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Apoio, imagens submarinas e croqui gentilmente cedidas pela equipe da Beach Bahia Dive - Crele Cristina, Raimundo Bernardes, Rosana Schimandeiro e Caroline Saad |
Popa com a visão do volante do leme |
Convés de popa a cerca de 10 metros |
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Descrição |
O
navio encontra-se assentado no fundo perpendicularmente aos recifes e partido
em três seções. A primeira fratura está
atrás do castelo de proa e a segunda à frente
do casario. Parte da proa está adernada sobre bombordo e os
mastros em V de proa caídos para bombordo. No casco da proa, à boreste, restam ainda as letras STOR do nome do navio. Existe uma âncora e sua corrente sobre os recifes, a segunda foi retirada juntamente com a corrente. A meia nau está caído o segudo conjunto de mastros em V e no que restou nos porões parte da carga de tubos de aço. Os mastros em H à frente do casario, do qual nada restou, ainda aparecem fora d'água. Uma gaiuta de iluminação está acima da casa de máquinas e os cilindros de ar comprimido da ignição estão visíveis. A popa está mais completa, com parte do casario caído a bombordo, o volante de leme no convés de popa está a 20 metros. O leme e o hélice estão a 15 metros de profundidade. As fortes correntes no local e a água, frequentemente turva, dificultam o mergulho, que é mais favorável durante o verão. A fauna é muito variada e o navio encontra-se muito colonizado. |
Vista de bombordo da popa |
Popa com hélice e leme a cerca de 15 metros |
Convés de popa |
Segundo mastro caído sobre o convés a meia nau. Repare a configuração em " V " dos mastros |
Parte da carga de tubos de aço da petrobras que não foi recuperada, no que restou do segundo porão |
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As letras STOR do nome do navio junto ao escovém |
Grande quantidade de vida coloniza os destroços |
Frades, moreias e meros frequentam o naufrágio |
Apoio
Rua das Palmeiras 280, Praia de Muta, Santa Cruz Cabrália, BA 55 (73) 99961-2345 [email protected] |
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Hélice
apoiado a 15 metros | Lateral
do casario | Mastros
ainda fora d'água |
Fotos
e colaboração: Eduardo
Macedo - Scuba
Du Mergulho e Aventura - Brasília DF.
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Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |