...NAUFRÁGIO do ATLAS
 
Histórico
O rebocador Atlas da companhia, Saveiros Camuyrano trabalhava na construção do emissário submarino de Ipanema transportando tubos de até 40 metros. No dia 03 de outubro de 1974 estava fundeado a cerca de 200 metros da praia de Ipanema durante a hora do almoço. Um forte vento sudoeste já soprava desde as primeiras horas da manhã. Subitamente romperam-se as amarras e sem que a tripulação conseguisse dar partida nas máquinas, segundo informes da época, porque cabos estavam presos ao hélice, acabou por encalhar entre as praias de Ipanema e do Arpoador.
Uma traineira de pesca e outro rebocador tentaram reboca-lo utilizando um cabo de nylon e orientado por um helicóptero da Secretaria de Segurança, porém logo na primeira tentativa o cabo arrebentou, não sendo mais possível o resgate devido a maré baixa.
No dia seguinte, durante a maré alta, ao ser rebocado por outro rebocador da mesma companhia,
rompeu parte do fundo, fez água e acabou por afundar a cerca de 300 metros da praia.
 

Posição do Atlas da praia de Ipanema
 

Rebocador Atlas no dia do naufrágio

Ao fundo o antigo pier de Ipanema

Posição do Atlas da praia de Ipanema
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO

DADOS BÁSICOS

Nome do navio: Atlas

Data do afundamento: 04.10.1974

LOCALIZAÇÃO

Local: Rio de Janeiro

UF: RJ.

País: Brasil

Posição: A cerca de 300 metros da praia de Ipanema.

Latitude: 22° 59' 33" sul

Longitude: 043° 11' 51" oeste

Profundidade mínima: 14 metros

Profundidade máxima: 21 metros

MOTIVO DO AFUNDAMENTO: encalhe

DADOS TÉCNICOS
Nacionalidade: Brasileira
Ano de Fabricação: 1968
Armador: Saveiros Camuyrano
Estaleiro: Só S.A., (Porto Alegre - Brasil)
Comprimento: 15 metros
Tipo de embarcação: rebocador
Material do casco: aço Propulsão: hélice
Carga: materiais de construção

CONDIÇÕES ATUAIS: inteiro

 

Visadas da posição do Atlas
 

Contorno da pedra da Gávea no ângulo
do morro Dois Irmãos
 

Contorno do morro do Pão de Açúcar na quarta varanda
do último prédio visto do Arpoador
 

Árvore entre os prédios da
praia do Arpoador
 

 
O Naufrágio

Pousado no fundo com a proa virada para alto mar. O casco ainda mantém a integridade limitando a embarcação e está muito enrolado por cabos e restos de redes.
A proa é curta e na sua extremidade está um grande cabeço de amarração, a seu lado a gaiuta do paiol de amarras e nas laterais mais dois grandes dois cabeços de amarração, com as aberturas de passagem de cabos. O grande guincho de proa se quebrou e está caído a bombordo da cabine dos alojamentos. A maior parte do costado de proa já caiu. No convés um pequeno casario baixo com seis escotilhas com vigias que iluminavam o porão; uma das escotilhas foi arrancada.
Toda a cabine está destruída, Mas ainda existe na pare e trás o acesso ao compartimento. Nada sobrou do casario, que parece ter sido na sua maior parte arrancado, talvez por uma rede, já que elas se encontram em grande quantidade por todo os destroços.
O resto do banheiro, ainda com o vaso sanitário e parte da cozinha estão soterrados por partes do mastro, que também pende
á boreste na murada.

 

Acompanhe as mudanças do rebocador devido as redes que são passadas com frequência sobre os destroços
 
 
Cunho de proa, já com o casco rompido
Parte do guincho arracado de seu local,
caído a bombordo das gaiutas de proa
Passagem de cabo de boreste
 
 
 
 
 
Foto de 2023. O pouco que sobrou do casario
Foto de 2023. parte do mastro caido sobre o vaso sanitário
Moreia no que restou no fogão da cozinha
   
 
       
O gato de reboque, compartimento de motor e a popa pouco se modificaram, apenas parte da murada de bombordo é que já caiu.
Na popa, existe mais oito escotilhas com vigias e uma grande escotilha retangular que se abre para o compartimento do motor. No convés dois grandes cabeços de amarração nos bordos e um terceiro junto ao costado da popa. A popa está enterrada, não sendo possível ver o hélice e o leme, caído a bombordo está totalmente cobero por redes.
Em torno do casco existem alguns canos de PVC que se alojaram nos últimos anos (2023) também a boreste está caído um mastro e rede de volei, que deve ter sido deslocado para o mar em alguma ressaca, não pertencendo naturalmente ao naufrágio.
     
 
O sistema de gato de reboque sobre o compartimento do motor
Gancho do gato amarrado a boreste
Porta de entrada do compartimento do motor na popa
 


Visão da popa com muitas redes presas ao casco


Cabeço de amarração da popa
 

     
Comparando-se os dois croquis é possível ver a destruição da cabine
 

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