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Pesquisa |
Ilha redonda Abrolhos |
O naufrágio
não apresenta sinais de incêndio e está colado de
proa em um chapeirão. Suas medidas, de onde devem ser descontadas
as fraturas e desvios do casco, coincidem com o Guadiana (115 metros X
12 metros). |
Guadiana |
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Parte das máquinas a vapor |
Medições realizadas durante a pesquisa |
Histórico |
O
Guadiana, da Royal Mail Steam Packet Co., largou do Rio de Janeiro no dia
18 com destino a Nova York. Levava a seu bordo por volta de 45 passageiros
além de uma carga de café. Vencida a barra do Rio de Janeiro,
o Guadiana começou a balançar. Às 18 horas foi dobrando o Cabo Frio, fazendo proa ao norte. No dia 19, o tempo estava nublado a ponto de não ser possível medir o meridiano, o que fez com que o capitão Hanslip mudasse o curso. Às 7 horas do dia 20, sentiu-se um tremendo choque. Os passageiros encontraram, no convés o comandante e oficiais, que davam diversas ordens aos marinheiros. Depois do choque, o comandante deu toda força a ré, mas o navio tombou a boreste, assim, ordenou-se tocar toda a força a diante para restabelecer o equilíbrio, mas o navio não respondeu à manobra. Pouco depois o navio era declarado perdido. Os passageiros, tripulantes, malas postais e algumas bagagens foram embarcadas nos escaleres que pairavam a pouca distância do Guadiana. O navio tinha submergido pouco a pouco e a inclinação do convés já era muito pronunciada quando o comandante Hanslip abandonou o navio. Pouco depois apareceram garoupeiras para onde os escaleres se dirigiram. Como o tempo ameaçava vento sul foi proposto aos pescadores conduzir os náufragos a Caravelas, um dos barcos consentiu mediante a soma de $ 200.000 (Contos). |
O
vento piorou mas as vagas impeliram os barcos para a terra, onde chegaram
às 7 horas da noite sob chuva torrencial. Depois de perder esse vapor a Royal Steam Mail Packet Company fechou temporariamente sua linha para Buenos Aires, pois já havia sofrido em outros países diversas perdas nessa linha, como: O Amazon, Tweed, Isis e Forth. A narração do naufrágio é baseada nos relatos feitos pelo médico espanhol Casimiro Roney, que residiu no Brasil por alguns anos estudando a febre amarela |
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Na foto ao
lado a seta indica a chapa do costado de boreste do navio moldada ao
chapeirão contra o qual o Guadiana chocou-se. A foto foi tirada do bico de proa para o interior da embarcação. |
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Descrição O Guadiana está preso entre três grandes chapeirões, a proa, a 9 metros está com o lado de boreste encravado nos recifes. A popa está partida, adernada para boreste e presa a outo chapeirão. Do 2º porão de popa ao 1º porão de proa os destroços estão adernados cerca de 45º, com todo o costado de boreste tombado para a areia. A popa está a 27 metros. O castelo de proa está partido do resto do conjunto. As âncoras estão passadas no escovém e as correntes descem até o fundo onde está caído o guincho. Os porões estão vazios e as estivas abertas. Próximo deles estão os guinchos e o primeiro mastro, onde pode ser encontrado o sistema de fixação da retranca e linhas de malaguetas. Depois da primeira fratura do casco deveria estar o 2º porão, mas todo o casario principal do navio está sobre ele. No centro, o costado de boreste está tombado para a areia. |
Atrás do casario
e junto ao costado de bombordo estão as três caldeiras e
as máquinas a vapor de dois cilindros. |
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Informação: Demais informações técnicas em publicação futura e no SINAU. |
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Sistema de fixação da retranca de mastro |
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |