OPERAÇÃO
WAKAMA
17.06.2001 |
Apoio
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Equipe
de Mergulhadores:
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Embarcação: Payos Misturas: Casamar Equipe de Apoio: Kupeu, Charles e Carlos |
Preparativos |
O feriado de Corpus Christ parecia uma data excelente para mais um mergulho no Wakama. O mar, embora de inverno, estava calmo a duas semanas e não eram esperadas frentes frias para o período. |
Além disso, alguns dias de folga, permitiriam o preparo das misturas, equipamento e o descanço da equipe. No
sábado pela manhã, nos dirigimos a bem montada e sempre
organizada estação de recarga da Casamar, onde naturalmente
fizemos uma bagunça; ou existe modo de 6 mergulhadores técnicos,
com toda aquela tralha, não bagunçar algum lugar? |
Estação de recarga da Casamar. |
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Análise das misturas. |
Apesar
do fornecimento do gás (Hélio e Oxigênio) ter apresentado
problemas, tudo estava providenciado adequadamente, então foi
só fazer os cálculos e começar o trabalho. A
equipe trabalhou muito bem e coordenada pelo Maurício Hennriques
logo terminou-se as misturas. |
No final da tarde, emoldurado por um belo pôr do sol começou a faina para carregar todo o equipamento para a embarcação (Payos), já que nossa partida estava marcada para as 4:30 da manhã. |
Embarque antecipado do equipamento. |
Difícil
mesmo foi dormir cedo, pois Búzios as dez da noite começa
a acordar. Às 4:30 da madrugada, quando acordamos, a festa ainda
corria solta pela rua das pedras e para os bêbados de plantão
devíamos formar um grupo estranho. Imagine-se carregando um scooter
gigantesco nas costas, no meio de turmas de bêbados e você
endenderá a situação. |
O mergulho |
Já
próximo do Wakama o GPS marcava o rumo, estávamos preparados
para uma pequena busca porém dessa vez o equipamento marcou em
cima e a sonda anunciou que estavamos sobre o navio, busca zero. |
passeio de scooter |
Descemos
pelo cabo da âncora em meio a diversos cardumes, que circulavam os
destroços. Tudo perfeito, até os 38 metros, quando uma nuvem
de sedimentos cobria os destroços e reduzia a visibilidade de mais
de 20 metros para poucos 3 metros. Mal entrávamos na termóclina
podíamos ver a sombra escura do Wakama logo abaixo. |
Termóclina a 38 metros |
O cabo da carretilha foi fixada pelo Carlos Arruda e iniciamos a exploração dos destroços da popa. Apesar da água escura, pudemos ver que sobre o convés muito destruído, estão caídos diversos pedaços dos destroços. A entrada principal e lateral do porão ainda são claramente visualizadas. Seguindo por um dos bordos, chegava-se a um grande rombo que expunha o interior dos destroços a força da correnteza; parece ter sido resultado da explosão do casco. Ainda sobre o convés estão posicionados um grande guincho e partes do mastro. |
Carlos Arruda, manobrando a carretilha |
Parte da estrutura do convés |
Os destroços estão recobertos por pequenas Anêmonas amarelas e grande quantidade de redes ainda estão presas no navio. Do lado de fora do casco aparecem grandes. Gorgônias e o convés abriga dezenas de Cirianthus, numa disposição clássica da fauna de naufrágios . |
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Após 35 minutos de fundo, percebemos que o cabo da âncora, que ligava o navio ao barco, roçava perigosamente na borda afiada do casco e ameaçava romper-se. Por isso, resolvemos interromper o mergulho mais cedo e retornar pelo cabo, passando o quanto antes (após as deep stops) ao cabo de deco. A medida mostrou-se muito sensata, pois logo depois de termos passado para a estrutura de deco, o cabo da âncora rompeu-se. |
Descompressão |
A
descompressão no cabo ocorreu tranqüilamente e encerramos o
mergulho sem sustos, após 35 minutos de fundo levamos cerca de 40
minutos para retornar a superfície. O planejamento descompressivo
variou um pouco entre cada uma das duplas. O retorno para Búzios foi muito rápido, perdido no meio de tantos comentários sobre o mergulho, como sempre ficou a sensação de quero mais. |
A história completa |