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Histórico Um dos orgulhos da companhia de navegação inglesa Royal Mail Steam Packet Company. O Magdalena, terceiro navio da companhia com este nome, levou dois anos para ser construído, devido a carência de materiais no pós-guerra. Ele foi lançado ao mar em 11 de maio de 1948 pelo estaleiro Harland and Wolff, da Irlanda e imediatamente colocado para o serviço da linha de passageiros e carga para o Brasil, Uruguai e Argentina. |
Durante sua viagem
inaugural em abril de 1949, o Magdalena subia a costa brasileira partindo
de Santos, com escala prevista no Rio de Janeiro. |
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Emitido
o S.O.S. de emergência, os passageiros foram encaminhados aos botes
salva-vidas já que a costa é muito próxima, porém
não abandonaram o navio, que permanecia estável preso a laje. Diversos navios da Marinha e particulares seguiram para o local em socorro a embarcação, entre eles: os caça-submarinos Guaporé, Guaiba, Beberibe, os rebocadores Triunfo, Tenente Cláudio e o Comandante Dorat, além do navio Saturno e do cargueiro nacional Goiazlóide, primeiro a chegar ao local. Foi através de alguns desses navios que os passageiros acabaram sendo desembarcados. Logo se começou a descarregar o navio, transferindo parte de sua carga para navios auxiliares, chatas e rebocadores. Com o alívio do peso e, a maré cheia do dia seguinte o navio reflutuou, iniciando-se o lento reboque pelo Triunfo e Comandante Dorat, para o interior da Baía de Guanabara. |
A
entrada da Baía de Guanabara
e estreita e dividida ao meio pela fortaleza da Laje, nelas as correntes
são fortes e a superfície agitada pelo afunilamento da água
que entra e sai. Pois foi exatamente quando cruzava a barra, provavelmente
forçado pelo peso da água que invadiu o porão de número
3 e o mar grosso, que o Magdalena partiu entre a ponte de comando e a marcante
chaminé amarela, que caracterizava a companhia. As imagens são
impressionantes, parecendo ter o navio sido cortado à faca. Segundo algumas testemunhas, houve explosão das caldeiras; o que não parece ser provável, já que elas foram abafadas nos primeiros momentos do acidente, mas o estrondo da fratura foi enorme o que deve ter confundido as testemunhas aturdidas. Proa e meia nau submergiram rapidamente, deixando uma grande mancha de objetos flutuantes. Garrafas de champanhe entre outras, foram recolhidas pelos remadores da cidade por diversos dias após o naufrágio. A popa, que continuou a flutuar e foi imediatamente solta pelos rebocadores, que temiam também serem puxados para o fundo. A bordo só estavam o comandante, um tripulante e o prático-mor do Rio de Janeiro, que foram rapidamente resgatados por um rebocador. |
O acidente insólito e inesperado chocou a população da Guanabara |
Proa e Meia-nau partidas do navio Madalena afundando na entrada da Baía de Guanabara |
Popa e o restante da meia-nau encalhados na Praia de Imbuí (Niterói) |
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Porém,
surpreendendo a todos, metade do navio não afundou, derivando até
encalhar na Praia de Imbuí (Niterói) em frente ao local do
afundamento da proa. O capitão Douglas Lee e seu primeiro imediato foram culpados pelo acidente pela corte de justiça e tiveram seus registros suspensos por dois e um ano respectivamente. Nos dias que sucederam o acidente, a abertura deixada na metade traseira do navio foi vedada com placas de aço e todo o segmento foi rebocado para um estaleiro no Rio de Janeiro, onde foi sucateado. As máquinas do navio foram vendidas e, durante muitos anos, serviram como unidade termoelétrica, gerando eletricidade para a cidade de Manaus. Só tendo sido definitivamente aposentadas no início de 2000. Algumas fontes afirmam que janelas e outros aparelhos da cabine de comando foram utilizadas para ornamentar o salão do Jurujuba Iate Clube em Niterói. |
Cabine de comando do Magdalena |
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A
bitácula de bússola
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Uma das bússolas
do Magdalena
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Uma
das várias vigias do navio
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Descrição |
Hoje,
restam apenas poucas peças espalhadas por uma área de fundo de areia
e pedras, as maiores partes foram removidas ou explodidas, e segundo a DHN
(Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil)
não são encontrados destroços a mais de um metro do
fundo. Por isso a localização dos destroços não
é muito fácil. O mergulho no local é dificílimo. Primeiramente, pois é a passagem de grandes embarcações e por isso, de fundeio proibido. O local é um grande estreitamento na entrada da barra, assim, com o movimento das marés, as correntes no local são fortíssimas. Para pior tudo, a coloração da água da Baía de Guanabara, que embora no fundo não seja tão escura, no local devido a agitação e mistura, é próxima de zero. |
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |
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Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |