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Naufrágio do Orion | |
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Revista
Náutico, ano I, Nº 6 - dezembro 2002 | |
Texto
e Fotos: Maurício Carvalho | |
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Histórico | |
Construído
para Hamburg-Südamerikanische D.G., foi comissionado para a empresa de Navegação
Cruzeiro do Sul, do Rio de Janeiro. Em 1912 foi vendido para o Lloyde Brasileiro,
sendo considerado na época o melhor navio da frota. Na manhã de sábado dia 14, o Orion zarpou de Florianópolis com destino a Itajaí, devido a uma intensa cerração, o comandante Luíz Carlos de Carvalho ancorou o vapor na entrada do canal. Na manhã de domingo, tendo cessado o nevoeiro, foram dadas ordens para que o Orion proseguisse na sua viagem. | |
Pouco
depois de levantar ferro, reapareceu a forte cerração, não
sendo mais possível ancorar o navio devido á profundidade do mar,
assim o navio seguiu a meia força. Às 8:30 da manhã, foi sentido um grande choque, o Orion havia batido na laje do Canal de São Pedro. A água invadiu a sala de machinas, que pararam de funcionar. Os escaleres foram baixados e os passageiros foram desembarcados em ordem e transportados para a ilha do Macuco. Concluída a retirada dos passageiros, procedeu-se ao serviço de salvamento das bagagens. Mais nada se pôde fazer, o Orion afundava definitivamente. | |
Descrição | |
A proa
a menos de dois metros de profundidade está totalmente destruída.
Parte do casario de proa está caído do outro lado da laje e à
frente da laje está caída a proa com seu reforço. À
direita pode ser visto o escovêm e alguns turcos. Da proa ao meio do navio muitos cavernames estão caídos no fundo. No centro da embarcação, duas grandes caldeiras ainda possuem os abafadores e tubo de refrigeração. Muitos tijolos refratários estão caidos nos dois lados das caldeiras. Atrás das caldeiras aparecem quatro grandes bielas e muitos tijolos refratários. Três grandes blocos de concreto, de apoio das máquinas, também estão neste local. Em direção a popa estão vazios os dois conductos do eixo, os reforços da entrada do porão e a estrutura de sustentação do mastro de popa. O castelo de popa está posicionado o volante do leme onde estão enroladas grande quantidade de redes de pesca. Apoiado a dez metros de profundidade estão o leme e dois cabeços de hélice, de onde foram removidas as pás. Caída a cerca de 10 metros do costado de bombordo está uma âncora de apoio. A estibordo, ligeiramente atrás das caldeiras, está um grande cilindro de metal, que segundo informações serviu a uma tentativa de erguimento do navio. | |
FICHA
TÉCNICA |
Dados do Naufrágio | Dados
Técnicos |
Data do Afundamento: 21/08/1815. | Nacionalidade: brasileira |
Localização: Bombinhas / SC. | Ano de Fabricação: 1905. |
Posição: Prainha da Ilha do Amendoin | Armador: Lloyde Brasileiro |
Latitude: 27º 12' 6" S | Estaleiro: Blohm&Voss, (Hamburgo) |
Longitude: 048º 28' 2" W | Tipo de Embarcação: vapor. |
Motivo do Afundamento: Choque | Deslocamento: 1886 Toneladas |
Condições atuais: semi-inteiro. | Material do casco: Aço |
Propulsão: Hélice - Carga: vazio. |
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Maurício
Carvalho é biólogo, instructor trainer PDIC, especialista em Naufrágio; ministrando
curso do tema em todo o Brasil. |