DDica Técnica
Uso da segunda fivela
     
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A utilização de uma fivela de abertura rápida visa aumentar a segurança do mergulhador, que em uma emergência pode rapidamente livrar-se de seu lastro e ganhar flutuabilidade para retornar a superfície. No entanto, em algumas situações, a perda do cinto pode ser o fator desencadeante de um acidente.
Vamos analisar algumas situações onde não é solução retirar o cinto de lastro. Sempre que o mergulhador possui um teto sobre sua cabeça, como no mergulho em grutas e naufrágios inteiros, a flutuabilidade repentina poderá causar um choque contra o teto, com possível ferimento.
Quando se passa submerso próximo de uma laje ou costão, onde ondas estão quebrando, chegar á superfície pode significar ser jogado contra as pedras.
Um mergulhador que entra em descompressão passa a ter sobre si um teto virtual, já que, retornar a superfície, poderia resultar em um acidente desconpressivo; assim sendo, em qualquer uma dessas situações a retirada do cinto não seria solução, mas o início de um problema. Para todas as situações citadas acima, além de casos onde o mergulhador terá de arrastar a barriga no fundo, como é comum em alguns naufrágios, recomendamos a utilização de uma segunda fivela no cinto de lastro.
 
O equipamento será posicionado em torno de oito centímetros a esquerda da fivela principal, de modo que ambas possam abrir normalmente. Podem ser utilizadas fivelas de formatos diferentes, para favorecer o reconhecimento pelo tato.
Defronte de qualquer uma das situações apresentadas, o mergulhador deve fechar a segunda fivela, prevenindo-se de uma abertura acidental.
Quando retornar a condição de águas abertas (fora de um teto), a segunda fivela deve ser reaberta, restituindo a condição de mergulho inicial. É importante lembrar que em muitos casos de acidentes de mergulho com afogamento em águas abertas, os acidentados esquecem até de soltar o cinto, por isso, é fundamental que a segunda fivela só esteja fechada nas condições pré-estabelecidas, evitando-se um procedimento não treinado em um mergulho convencional.
 
Um bom mergulhador de naufrágio é:
Competente - sabe o que faz.
Experiente - sabe como faz.
Prudente - sabe quando faz.
Que a superfície esteja sempre pronta a ouvir o que o naufrágio tem para contar!
 


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